Na minha viagem para São Paulo na semana passada, tive a oportunidade de assistir um episódio do programa Alternativa Saúde (GNT), pelo “Gol no ar“, uma wifi liberada nos vôos da Gol com vários canais com leituras e vídeos.
O ponto base do programa era discutir o morar com os pais ou não morar com os pais. Eu acho o assunto bem relativo e depende muito dos objetivos que cada um está buscando.
Já tinha lido uma matéria no jornal sobre o assunto de pessoas que se diziam “independentes” mas dependiam financeiramente dos pais para viver.
Comecei a ajudar meus pais quando comecei a trabalhar, aos 17 anos. Para mim foi uma questão automática, de perceber que eu estava habilitado para aplicar o senso de responsabilidade pelo que consumia e usava da casa. Também me sentindo dono e portanto querendo compartilhar e colaborar.
No programa se trata de algumas tentações, que é quando morar com os pais permite uma facilidade só encontrada em hotéis. Cama, alimentação, tudo a disposição, reposição automática, parece mágica. E sem precisar passar o cartão de crédito/débito/drébito.
Acho que o ponto é transformar a relação, como é discutido no programa. De se entender que ok, você pode morar com seus pais, ou com quem quer que seja, mas a visão de responsabilidade é essencial… ajuda a evoluir e buscar soluções diferentes. A buscar a sua solução. Sua vida. Não necessariamente o sair de casa, mas na questão de apoiar na manutenção dos recursos que a casa oferece.
O outro ponto discutido vai na escolha da profissão, sobre termos algo parecido com um ciclo básico que permita uma pessoa experimentar mais e ver qual rumo quer seguir. Eu tive muita sorte de ter escolhido viver e trabalhar com assuntos que me interessam e me cativam. Assuntos que me ajudam a formar o meu propósito. A ter minhas causas. E a resposta para isto eu acho que vai acabar se resolvendo pelo dinamismo que o nosso mundo está ganhando. Olhando para a área de tecnologia da informação, existem programas pelo mundo querendo ensinar desenvolvimento de software para pessoas ainda na escola. Todo este tipo de formação de habilidades, foco nas ações, permite que jovens tenham clareza sobre o que gostam e o que deixam de gostar. De experimentar. De escolher um estilo de vida.
Agora… mesmo com a escolha mal feita, como se manter no trilho da felicidade. Como fazer acontecer? E se der errado o processo de escolha profissional? Eu acho que o problema está aqui. Não é em morar com os pais. É em ter coragem de se adaptar. Coragem de buscar o que se acredita. Solução?
Vejo uma mistura de conseguir manter a vida leve, e desde cedo aprender que crescer e fazer acontecer na nossa carreira, é uma decisão nossa. Somente nossa.