Não sei se a palavra melhor é tipo ou foco ou classificação mas o ponto é que podemos inovar em diferentes perspectivas. Quando olhamos para um produto, para a forma de gerir, para a evolução de tecnologia que acontece ao nosso redor e transborda na nossa vida. O importante é estar conectado com estes diferentes fluxos.
Muitas vezes observar é o suficiente para iniciar um processo de inovação. Um produto pode mudar, simplesmente ao observar o público alvo. Foi o que a IDEO fez com OralB nas escovas de dente para crianças, muitos anos atrás (1996).
Referência do projeto Gripper: https://www.ideo.com/work/gripper.
Quanto ao modo de viver o mercado, vamos inovar pelo modo como o mercado nos reconhece. Michael Jackson foi inovador, seja com a obra musical, com vídeo clipes que criou disrupção no mercado, e na forma de dançar. E na dança mostrando referências de outras artes, como Bob Fosse.
Post: Referência Michael Jackson e Bob Fosse.
Segundo Schumpeter, economista que viveu até 1950, teve nas diversas contribuições uma visão de cinco tipos de inovação que podemos perceber, e também a definição da condição para realizar uma inovação.
Link: Referência sobre Schumpeter.
Para uma inovação poder acontecer precisamos:
1. em determinado período ter novas possibilidades vantajosas no ponto de vista econômico.
2. que o acesso a estas possibilidades seja limitado.
3. que exista equilíbrio econômico para cálculo de custos e planejamento.
Entra naquela classificação de que a inovação precisa envolver desejo do público, tecnologia para permitir executar e um custo compatível para o mercado poder adquirir.
Mas o legal é poder analisar as diferentes perspectivas quando pensamos em inovação. Schumpeter indica cinco e eu acrescendo a minha percepção sobre cada tipo:
* Produto: o desenvolvimento de produtos mais focados em ambiente, que permite um grande avanço para empresas como Testa e o modelo X. Hoje já passamos a ter carros híbridos no nosso mercado como o Toyota Prius, e essa evolução de produtos pode ser vista de um tocador de MP3, a evolução de dispositivos como o iPod e atual visão do iTunes e tudo conectado dentro de casa por uma Apple TV.
* Processo: Resumo em eliminação de desperdícios, burocracia. Aquisição ou entrega de serviços / produtos pode ser a forma de olhar para este tipo de inovação. O processo de aquisição de um cartão de crédito ou conta bancária como algo “natural” nos dias de hoje com Nubank ou qualquer banco digital, está fazendo Bancos tradicionais se adaptarem. O Banco Itaú já permite a criação da Conta online e depois complementa o processo na conta presencial.
* Gestão: A Zappos com o Delivering Happiness, está fazendo um novo movimento organizacional, de funcionamento mais horizontal e de formação de equipes com autonomia fazer cada vez mais sentido no mercado. Hoje se começa a falar de Holacracia como algo mais comum no dia a dia das empresas e encontrar estes grupos que atravessam a empresa e criam ambientes de colaboração. Da mesma forma os OKRs com Intel e impulsionada por Google e outras grandes, promovem o uso de uma estrutura de objetivos e metas focando na formação de equipes que buscam o seu resultado e não apenas recebem uma prescrição.
* Material: A tecnologia vai permitindo inovações em materiais. Estamos no mundo da internet conectada, da Internet das Coisas (IoT). E um mundo que permite cada vez mais geração de inovação com tecnologias que estão presentes, mas existe inovação também na conectividade deste mercado. Isto vai se resolver no hardware e no software. No hardware com o NFC, nos Beacons, nas lâmpadas inteligentes e no software também, com soluções que vão permitir integrar tudo isto, como o IFTTT.
* Mercado: A constante adaptação ao mercado deixa de ser algo opcional para as empresas. Na verdade nunca foi para ninguém. Deming já dizia que não era necessário mudar, pois a sobrevivência é opcional. E quando se pensa em mercado, o nome que vem na minha mente é Netflix. Uma empresa que tinha um modelo de entrega e busca de DVDs na casa dos clientes e muda para um modelo de streaming de informação e assinatura, virando referência e concorrência de empresas de TV por assinatura e locadoras. E neste modelo acaba se tornando uma referência em tecnologias de computação em nuvem e da comunidade de software livre quando libera sua tecnologia para outras empresas usarem.
Interessante né? E você, em quais tipos de inovação está focando neste momento? Eu estou prestando muita atenção em inovação de processo e gestão.
— Daniel Wildt
P.S.: Atividade do curso “Inovação Orientada pelo Design“.
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