Pequenos passos para a melhoria contínua

Ao iniciar o pensamento sobre mudança, queremos sempre as grandes. Se trabalhamos 60 horas por semana, queremos simplesmente começar a trabalhar 6 horas no mês. Algo como mágica. Não que não possa acontecer mas mudanças bruscas de direção também geram reações do mesmo estilo. Como seguir?

Primeiro identificar quais atividades que você faz hoje que tomam muito tempo, e que podem deixar de ser feitas por você. Isto dentro do processo do “DEAL” é o “E”, de eliminação. Ao determinar que você quer trabalhar com atividades do tipo X e Y, você pode começar a fazer este trabalho com atividades do tipo Z, e perceber se é uma atividade que pode deixar de ser feita (medindo impacto) ou se é uma atividade que pode ser feita por outras pessoas.

Se é uma atividade que não pode deixar de ser feita e para ser feita por outras pessoas exige um foco maior seu, é a hora de pensar se partes desta atividade podem ser automatizadas.

Vou dar um exemplo: Eventos e Treinamentos.

Eu uma vez tinha uma empresa de treinamento com pessoas focadas no processo de cadastro de clientes e controle dos pagamentos. Também tinha pessoas focadas no processo comercial. Na minha empresa atual de treinamento, queria baixar este trabalho, para focar em conteúdo e divulgação do conteúdo. Trabalho com empresas parceiras para fazer o trabalho comercial. E quando a minha própria empresa tem a função comercial, usamos ferramentas que permitem facilitar a divulgação e permitir o cadastro e pagamento de forma automatizada.

O próprio processo de delegação de tarefas exige um progresso, onde começamos dizendo a outra pessoa o que precisa ser feito e este processo vai evoluindo conforme a outra pessoa ganha conhecimento, confiança e tem mais clareza do que precisa ser feito. Este caminho vai até chegar em um ponto onde o assunto Z se torna uma atividade da outra pessoa e você passa a ser informado apenas quando algo sai do eixo.

Isto é essencial.

Construir um caminho onde você para de ficar perguntando a cada meia hora para cada pessoa do seu time como eles estão indo, esperando a próxima falha, e passa a funcionar sempre em processos de aprendizado, ensinando formas melhores de fazer algo, apoiando o processo de construção de autonomia. Neste processo as atividades de pareamento são muito efetivas. Use seu tempo pareando em atividades com as pessoas da sua equipe, participando do processo e dando mais contexto de negócio para o seu time.

Com isto sendo colocado em prática, é preciso refletir e melhorar continuamente. Com processos de retrospectiva temos esta oportunidade, mas não é só isto que faz a diferença. São as pequenas melhorias do dia. Se todos os dias melhoramos alguma coisa, que bom seria certo? E se todos do time fizerem o mesmo? Já falei do Paul Akers sobre como ele transforma a cozinha em um processo que quase se auto organiza, mas ele também faz uma ação na empresa dele, sobre a reunião da manhã, onde cada pessoa da equipe fala sobre o que melhorou desde a última reunião. O mindset do time é de melhorar continuamente. Em pequenos passos.

Acho que mais interessante que isto é pensar que ao invés de criar frustrações com o que não foi feito e gerar expectativa com o que pode ser feito, é começarmos a dar atenção ao que está na nossa frente, na nossa volta.

Ao invés de melhorar de 8 para 80 algo, vamos amanhã chegar no 9? Que tal?

— Daniel Wildt

2 pensamentos sobre “Pequenos passos para a melhoria contínua

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