A única coisa certa é que todo dia você vai achar algo que poderia ter feito melhor. E aí então? Faça melhor amanhã. — Daniel Wildt
É impressionante como parece que errar é algo de outro mundo. E a confusão aumenta mais por ouvir que errar é humano. Por vezes parece que não é.
Exemplo? Ao desenhar, use lápis, para o caso de você errar. Não! Não tenha medo de usar uma caneta. Ninguém está pedindo por um traço perfeito.
A sua arte é algo que vai melhorar continuamente. Sua consciência do que faz também. O grande jogo é não ficar se questionando e deixar seu fluxo acontecer. Seja você um artesão, um escritor, um desenvolvedor, um empreendedor, o que for.
Ao longo da vida somos requisitados a sermos mais e mais travados. A cada avanço, parece que perdemos a habilidade de funcionar de “modo livre” e cada vez mais precisamos funcionar em cima de um manual.
Errar é parte do processo de experimentação. E com a reflexão, também é parte do processo de ganho de responsabilidade sobre as nossas ações.
Errar não é simplesmente aceitar a falha e seguir em frente. É melhorar, refletir, sentir vergonha se for este o caso, sentir. A mudança não vem no arrependimento. Não se arrependa dos seus atos. Agora, nada impede de você sentir vergonha do que faz. Aí existe espaço para reflexão, empatia e melhoria.
Nas minhas leituras sobre Brené Brown, venho aprendendo a dar mais atenção para uma série de questões. E agora na escuta de Rising Strong, aparece o BRAVING, que tem me ajudado nas reflexões:
- Boundaries: estabeleça seus limites. Até onde você vai e o que você não vai fazer. Evite o “deixa a vida me levar”, “só existe uma vida”. Você pode fazer o que quiser, só tenha consciência do que estiver fazendo. Esse tem sido o maior aprendizado para mim.
- Reliability: você vai fazer? Faça. Você falou que não vai fazer? Não faça. Faça o que você combinar que vai fazer, seja consistente.
- Accountability: seja dono das falhas que você causa. Seja responsável pelo seu desenvolvimento e pelas suas ações.
- Vault: Compartilhe o que é seu. Tem a ver em parte com a questão dos limites (boundaries) também onde devemos evitar fofoca por exemplo. Eu normalmente uso a frase “foque na sua vida”. Não somos donos das vidas dos outros.
- Integrity: No livro a Brené Brown fala em coragem acima do conforto. Fale o que você precisa falar. Esse tem sido bastante interessante, pois ao mesmo tempo que queremos cuidar das situações evitando conflitos, surge a necessidade de nos posicionarmos. E o trabalho é como funcionar neste item mantendo a comunicação com ação.
- Non-judgment: A Comunicação Não Violenta tem me ajudado bastante neste item. Requisitar o que preciso, e ter coragem de fazer os pedidos daquilo que é importante para mim em um determinado contexto.
- Generosity: Eu sempre confio que as pessoas estão fazendo o melhor que podem, algo como uma primeira diretiva das retrospectivas.
Desafie as suas certezas, e encontre seus momentos de reflexão.
— Daniel Wildt (acompanhe meus vídeos pelo youtube)
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