Mapear a estrada. Pensar em um roadmap deveria gerar em todas pessoas um sentimento de esperança. Em mim vem o pensamento daquela estrada bonita, asfaltada, uma grande linha reta para a evolução contínua de um produto ou serviço.
Mas no final do dia, ele é uma lista de tarefas com um certo grau de detalhamento ou não. Com muitos riscos e possibilidades de falha. Vamos falar sobre a montagem de um roadmap?
Se eu for indicar o que não pode deixar de existir, mando estes três itens:
- Objetivos de negócio
- Resultados principais a serem alcançados
- Dependências, riscos e restrições
O item 1 pede por objetivos das áreas de negócio que a evolução do produto vai ajudar a resolver. Não tem “palavras técnicas” aqui. É puro negócio.
Os resultados (item 2) a serem alcançados servem para nos mostrar a resposta para a seguinte pergunta: quando eu chegar, como saberei que cheguei onde deveria chegar? Os resultados principais a serem alcançados vão nos dar um pouco desta percepção. Dica: se fosse uma história de usuário, seriam os nossos critérios de aceitação.
E o terceiro ponto, de dependências, riscos e restrições nos servem para lembrar, de forma constante e sem romantismo algum, que sim, coisas vão dar erradas neste caminho e é nossa tarefa estarmos preparados para enfrentar estes problemas. Veja só em mais detalhe:
- Dependências: Algo deve acontecer antes de se prosseguir. o projeto X só pode iniciar depois do Y terminar. O projeto Z só pode começar quando a pessoa com o perfil J for contratada. A funcionalidade K só pode iniciar quando os testes com a infra na Amazon se mostrarem válidos.
- Riscos: Ó dia, ó céus… o Hardy precisa estar presente no nosso dia a dia. Penso nos riscos como o medo, ele serve para alertar, não travar. Cada risco tem um potencial de acontecer e um impacto caso aconteça. Precisamos medir e entender onde podemos mitigar os riscos levantados. É um trabalho de prevenção.
- Restrições: Quais são as nossas premissas? Não podemos liberar versões em dezembro, devemos liberar versões de software a cada mês, o cliente está disponível para conversar 3 dias na semana, duas pessoas da equipe são compartilhadas com outros projetos. Sabendo das restrições, você poderá montar um plano mais realista.
No final do dia, o roadmap é um trabalho de rotina, e você vai determinar caminhos para algo:
- Entrar no roadmap
- Mudar de prioridade
- Sair do roadmap
Vou tratar mais destes assuntos em próximos posts. E você aí comenta qual assunto interessa mais ok? Assim me ajuda a priorizar o roadmap de publicações. 🙂
— Daniel Wildt (faça parte do clube, saiba como)
Oi Daniel,
Sem sombra de dúvida a trinca: Pra onde vou? Como vou? O que pode me trancar? são fundamentais na elaboração do roadmap.
Quais ferramentas tu utiliza para gestão de roadmap? Já utilizou o aha.io? Tem alguma dica para deixar isso vivo e visual?
Abraço!
Hoje na uMov.me é um mix de planilha + Jira. Trabalhamos com visão pro ano todo, mais detalhado no trimestre e mais detalhado ainda no mensal. Na prática esse plano é revisto semanalmente.
Achei bem legal essa ferramenta hein? Bem interessante. Vou olhar em mais detalhe!
Pois é… a parte visual / colaborativa fica muito com a planilha. Usamos Google Apps for Work, e aí fazemos compartilhamento e edição simultânea no doc, isso ajuda para alinhar, comentar e discutir em cima do documento. Ele acaba se tornando a base das conversas. Fora isto temos este ritmo de conversa em relação as entregas e próximos itens a serem entregues pelo time.
Abraço!
— Daniel Wildt