Tenho mudado minha estratégia de palestrar. Uso cada vez menos slides. Em algumas ocasiões, monto um mapa mental para me guiar naquele contexto que vou falar a respeito. Ao invés de buscar falar, e falar, e falar, quero outra estratégia. Quero discussões, quero conhecer e compartilhar histórias sobre o assunto em questão com a platéia.
Começo a notar que seja em uma palestra, curso ou dentro do contexto empresarial, os processos de aprendizado aceleram e muito quando consigo compartilhar histórias, e aprendizados.
E mais ainda quando estes aprendizados são vindos de falhas. O opção de falhar é algo que vai sendo tirado dos nossos contextos, conforme crescemos. Perdemos as oportunidades de falhar. Paramos de levantar a mão quando temos uma dúvida na sala de aula, porque não queremos ser apontados por colegas como a única pessoa da sala de aula que não entendeu algo. E na verdade, ninguém entendeu, mas sem levantar a mão pedindo ajuda, como faz? Muitos acabam levando este comportamento para a vida, mas sempre é hora de adaptar e melhorar.
Eu comecei algum tempo atrás a fazer palestras mais curtas, para forçar estes momentos de conversa. Palestras de 5/10/25 mins. Isto me ajuda muito a sintetizar ideias ou melhor ainda, palestrar com o foco em apenas 1 ideia. E aí quando tenho a chance de fazer palestras maiores, prefiro focar e continuar apresentando assuntos em menos tempo que o disponível (normalmente 50/60 minutos). Com essa sobra de tempo, acabo conversando mais com a platéia e conseguindo criar novos processos de aprendizado. Dependendo da infra-estrutura este processo pode ser um fishbowl ou alguma outra técnica que ajude a empoderar e envolver a platéia.
Fica a dica da palestra do Ken Robinson, no TED.
Um pensamento sobre “Criatividade, processos de aprendizado e minha mudança ao palestrar”