Eu confesso que quando fazia trabalhos estilo monografia, que aquela parte de revisão bibliográfica me parecia muito no sentido de ok, mas e quando começa a ação? Onde vamos falar das experiências práticas e contribuições?
E no marketing tinha essa visão um pouco. Muitas vezes era apresentado ao “marketing” como alguém que divulgava o que outras equipes produziam. Que sabia transformar em um texto aquilo que uma outra equipe “não tinha capacidade de fazer”. Como se os times fossem a teoria e o marketing a prática.
Isso me soa muito como silos de conhecimento. E quando isso acontece, crescem rixas dentro das equipes. É o que queremos? Nããããoooooo. 🙂
Lembrei de uma história:
Quando o Thiago Esser veio trabalhar comigo na uMov.me, uma das missões que ele teve no período era desenvolver as pessoas. Em um assunto específico: deixar elas mais interessadas e fluentes sobre experiência do usuário (UX). Não era uma questão fácil, mas é o desafio de um time de desenvolvimento de software que busca ser multidisciplinar.
Isso ajudou o time a entender os desafios e a puxar ajuda do especialista para poder guiar e entregar cada vez mais e melhor. É o apoio de um mentor tomando forma, e um apoio que funciona.
Hoje somos sócios na Wildtech. E neste contexto ajudamos equipes nos seus objetivos de serem multidisciplinares, e a pensar em Agile e UX. 🙂
Tudo isto para dizer que no caso do marketing, meu pensamento é que preciso fazer os times relacionados com o assunto entender o que se quer alcançar. Métricas a serem entendidas e medidas, e fazer com que percebam como podem ajudar para se chegar nos objetivos.
Em 2013 no Agile Brazil, o principal evento brasileiro sobre Métodos Ágeis, palestramos eu e Rafael Helm sobre estes desafios de multidisciplinaridade e sobre o nosso pensamento de que a equipe de desenvolvimento deveria ser a equipe de marketing. No movimento da agilidade foi o título base da palestra.
Hoje em 2015, estamos com uma série de atividades relacionadas com geração de conteúdo na uMov.me, por exemplo com a mobilidade em três minutos e outras ações de conteúdo e interação com clientes, criando contexto e relacionamento. Tudo isto é parte do que vai ajudar a plataforma uMov.me no seu desenvolvimento como experiência de uso.
Aqui no meu blog mesmo tenho diferentes séries de vídeos que produzo e publico, e também ações de comunicação com as pessoas que me acompanham profissionalmente, que faço nas redes sociais, também na questão de criação de contexto.
Na própria Wildtech, o eBook de histórias de usuário se tornou um exemplo real deste processo de geração de conteúdo e plano de marketing / divulgação do nosso processo. Ele se reflete em diversas publicações que já foram pro papel e outras chegando.
Curiosidade: hoje na uMov.me, quem está ajudando muito nas atividades de marketing e integrando com as diferentes equipes? Rafael Helm. 🙂
Pergunta: E na sua empresa, o marketing é criado somente por empresas terceiras ou também por quem é responsável pela ação?
Mais leituras / vídeos que recomendo:
- A história do CMO que não fazia o dever de casa.
- Erros na estratégia de inbound marketing que o CMO não deve cometer.
- Palestra sobre métricas de vaidade, feita pelo Rafael Helm.
- Livro do Thiago Esser sobre Design para a Experiência do Usuário.
— Daniel Wildt (faça parte da minha lista)