Como se tornar um melhor mensageiro

Eu sempre tive uma necessidade de ter mensagens e apoiar quem está assistindo uma apresentação através de texto, muito texto. De vez em quando algumas imagens.

Em 1999 fiquei vermelho, e bem nervoso, quando fiz a apresentação do meu trabalho de conclusão. Depois outras lembranças que tenho são a partir de 2002, quando comecei a palestrar de forma mais constante. E não parei desde então. E a cada nova apresentação, uma nova lição, uma nova piada para fazer a platéia rir, e por aí vai.

Sempre me preocupei em passar a mensagem da forma mais objetiva possível, e prática. Isto vem me ajudando ao longo do tempo a fazer palestras menores. Normalmente minhas palestras funcionam no estilo “TED Talk“, focadas em no máximo 20 minutos e gerando alguma mudança. Nada de indiferença! Também gosto muito das palestras menores ainda, as Lightning Talks, com 5 minutos de duração. E eu ajudo a organizar um evento muito legal sobre elas, a #Desconf.

Mas voltando ao assunto de como melhorar suas apresentações… um dos pontos para eu melhorar era ter alguns modelos. Durante muito tempo eu trabalhei como instrutor oficial da Borland/CodeGear e hoje Embarcadeiro. E desde 1998 eu participava de eventos sobre Delphi, com apresentação de funcionalidades, sendo um “mero ouvinte”, e ali tive contato com um cara que sempre foi uma referência na arte de apresentar: Renato Quedas. Ele é um cara que eu respeito muito, e tive a oportunidade de conviver com ele alguns anos, ele na qualidade de Master Trainer, ajudando nós instrutores e consultores e se posicionar melhor em sala de aula, nas apresentações e por aí vai.

Depois estamos falando em 2006/2007, e uma das ações que me ajudaram a ver e buscar algo diferente foi quando tive contato com o material do Garr Reynolds e um livro muito legal chamado Presentation Zen. São dicas legais, mais focadas no design e formas de apresentar as informações para gerar um impacto mais positivo no público.

Outra ação foi o ToastMasters. Já ouviram falar deste programa? Em uma das empresas que trabalhei, existia um programa interno, e eu participava, conseguindo a cada semana ver pessoas apresentando e podendo colher técnicas diferentes. E aprender com o erro dos outros. Isto me fez buscar na internet também diferentes técnicas. Aí comecei a conhecer caras como Guy Kawasaki e Larry Lessig e o Lessig Method. Eles seguem sendo grandes referências para mim.

Claro… Steve Jobs por exemplo e seus keynotes milimétricos também são legais, sem dúvida! Mas o ponto é… que eu sempre gostei do improviso.

Muito.

Em uma situação, fui convidado para palestrar em uma semana acadêmica, e nesta oportunidade tinha decidido que iria falar sem ajuda do Keynote. Cheguei no evento faltando menos de 1h para minha palestra. Aí comecei a ter umas ideias e pronto, em menos de 30min selecionei algumas imagens e montei uma apresentação para me apoiar no evento. E foi show! Pode acontecer de dar errado? Claro. Mas aí é o estilo de cada um… alguns gostam de desarmar bombas. Eu gosto de palestrar contando minhas histórias, improvisando. 🙂

O que eu procuro quando estou montando uma linha de palestra? Momentos para fazer rir/chorar/emocionar, momentos para fixar conhecimento (aprendizado), momentos para impactar (mudança). E isto vai em um ciclo dentro do tempo da palestra. Seja uma palestra de 5 minutos ou um curso de 80 horas.

Deixo o vídeo que apresentei no TTLabs Summit realizado em abril de 2011, falando sobre estas questões. Foi um vídeo de 5 minutos:

E a apresentação que está disponível no slideshare:

4 pensamentos sobre “Como se tornar um melhor mensageiro

  1. E ai guerreiro,

    Por experiência própria, eu tinha muito medo de falar em público.
    Quando tive as primeiras experiências, por volta de 95, aconteceram coisas inusitadas (como ter uma crise de espirro por exemplo :), no qual, se não tivesse encarado de frente, talvez nunca mais me aventurasse a nestas tarefas.
    Fui estudar… Descobri que o maior medo do ser humano é justamente falar em público.
    Então procurei me cercar de um mantra, no qual uso até hoje: estudar, treinar e praticar.
    Parabéns pelo Post!

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