Quebrar paradigmas, inserir novas idéias, criar foco, criar disciplina, criar sinergia no time. Podemos olhar o papel de um coach dentro de um time ágil como alguém com iniciativa para trabalhar estes pontos. De início.
Olhando outra perspectiva, temos Terry Tate, que participou de uma série de propagandas, mostrando o papel de um “Office Linebacker“. O que Terry faz em diversos pontos é criar jogos mentais, e trabalhar muito bem a disciplina, mas não simplesmente criando avisos, alertas ou padrões, motivando as equipes. Ele garante que o time deve manter o foco.
Do seu jeito.
Dentro deste contexto, Terry tem muito mais o papel de um mentor dentro do time, apontando os pontos de falha e mostrando o caminho que as pessoas devem seguir.
Sempre lembrando, do seu jeito. 🙂
De todo modo, vejo que em alguns momentos esta é a abordagem que devemos ter dentro das equipes.
Mas não do jeito do Terry Tate. 😉
O que acaba acontecendo é que quando começamos a trabalhar com uma equipe, realizamos uma série de trabalhos em formato de consultoria e mentoring, pois o time não está habituado ainda a criar, a sugerir, não se visualiza um ambiente de transparência. Então temos que ter mais ação do que reflexão.
E como criar este ambiente de transparência e de constante “inspeção e adaptação”?
Se você tem um papel de liderança dentro de uma equipe, sua tarefa é começar a questionar mais do que sugerir ações, e deixar que as ações apareçam através da equipe, sejam nas reuniões de retrospectiva, em reuniões para analisar causa raiz de algum ponto, papos informais no café, almoço ou cerveja no final da tarde. Um toró de palpites (a.k.a. brainstorm) é uma boa prática para fazer as idéias fluirem e dar a chance das pessoas criarem sua voz dentro da equipe.
Conversando com os alunos em uma aula de Gestão e Planejamento Ágil de projetos, comentei sobre a importância de criar um ambiente que permita as pessoas pensarem e tomarem ações a respeito do que elas entendem que precisa ser modificado. O time deve ter estas ações, não alguém em especial dentro do time. A melhoria contínua é tarefa de todos e não de apenas 1 indivíduo. Ou de um grupo. E esta parece ser o principal problema das empresas, de ter este entendimento.
Criar um ambiente de aprendizado é algo que falamos muito dentro de Lean, criar conhecimento, tornar a organização aberta a mudança, trazer problemas a tona, resolver os problemas buscando sua causa raiz, permitir o empowerment dos indivíduos, trabalhar para a formação de lideranças.
Não gosto de papéis ou funções que possuam a palavra “líder”, pois na minha visão liderança é algo percebido pela equipe e não um rótulo que alguém pode receber na sua função dentro de uma organização.
Isto é papo para outra hora.
E aí, sua empresa está investindo em aprendizado? Que ações tem sido diferencial para você?
Daniel,
Com relacao especifica a educacao dentro de empresas, vc viu o documentario sobre a historia da Pixar? A Pixar parece ser o exemplo perfeito disso: educacao continuada e aperfeiçoamento constante de seus funcionarios. Isso gera nao soh valor na excelencia de seus produtos, mas tb satisfacao pessoal e oportunidade no curriculo dos funcionarios.
Abs,
JV
Não conferi os vídeos mas concordo 100% com o teu ponto de vista. Somente quando membros de equipe interagem como iguais é que o conhecimento e as melhorias acontecem.
Falando em Lean, publiquei uma breve resenha sobre o livro em http://peaoconnection.blogspot.com/2009/12/lean.html
Espero ver a sua opinião por lá!
[]’s
George.
George, estava relendo este post sobre Lean, e é realmente clássico.
E claro a referência sobre o Pascal Dennis, que no livro dele tem para mim o melhor “primeiro capítulo” sobre Lean que eu já li.
Fica a dica mesmo http://peaoconnection.blogspot.com/2009/12/lean.html
Grande Daniel. Ótimo Artigo. Nós fizemos um podcast sobre esse assunto na semana passada: http://bluesoft.wordpress.com/2009/12/04/podcast-criando-uma-cultura-de-aprendizagem/
Abraço