Eu brinco, quando me perguntam como estão as coisas, que estou em uma correria tranquila. A vida pode estar agitada mas de algum modo eu busco a tranquilidade. Nem sempre isso acontece. E aí eu preciso correr, normalmente por alguém ter “parado de caminhar”. Murilo Gun fala sobre o “faz o teu”. Acho que é um pouco por aí.
Tem algumas coisas que me fazem perder o passo:
- Ouvir que o problema não é da pessoa, que ela deveria procurar outra, sabendo que ela tem capacidade de apoiar e a aliviar a situação… isso fere o meu princípio de “ser tocado pelo problema”. Se você é tocado por um problema, ele passa a ser seu. Acompanhe a ajude na resolução, como você puder. Tirar o corpo fora? Fora você.
- Funcionar sem assumir responsabilidade. Eu normalmente acabo me preocupando mais que a média, mesmo em situações onde eu poderia
ligar o “f*da-se“ser indiferente. Eu acredito em equipes que se organizam de forma orgânica e onde as pessoas se complementam. Particularmente me incomoda quando alguém fica querendo definir limites demais sobre o que ela pode fazer ou o que outras pessoas não deveriam fazer. Acredito em definição de responsabilidades em modo situacional. O que precisamos combinar para um determinado trabalho acontecer ou para um determinado projeto fluir de forma adequada. - Correr quando não é necessário correr. Quando a ansiedade pega a pessoa de jeito e ela fica produzindo trabalho de forma descontrolada, sem prestar atenção na capacidade do sistema. Aqui pode ser teoria das filas e fluxo de produção demais em uma frase, mas não adianta a gente produzir mais se no final a vazão é padronizada. Adianta a gente produzir mais quando o fluxo de trabalho permite. Queremos nivelar a produção e queremos gerar o máximo de valor. Não quero gerar espera nem gerar trabalho desnecessário. Mais especificamente, gerar trabalho que não vai ser usado é uma das piores sensações, na minha opinião.
Um lance importante é sempre lembrar que na maioria dos casos não tem ninguém pedindo pra gente correr. Lembrar que a gente pode se responsabilizar de verdade pelas coisas.
— Daniel Wildt
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