É interessante quando pensamos em alguém que se posiciona como uma excelente profissional, de que a pessoa se doa para o processo, ajuda outras pessoas… tenho uma notícia… essa pessoa normalmente não é uma boa profissional.
Eu explico, calma… não pare de colaborar. 🙂
Se você só atua apoiando outras pessoas, e não “leva tarefas para casa”, está tudo certo. Siga fazendo seus apoios e ajudando todo mundo, se doando.
Agora o problema mora quando você faz apoios, mas também tem responsabilidade de entregas e acaba por vezes não conseguindo apoiar um outro conjunto de pessoas que precisavam do seu trabalho. Principalmente você nas suas atividades e responsabilidades. E aí precisa achar horários alternativos para trabalhar, pois é difícil trabalhar no horário de trabalho.
Uma boa pessoa de equipe é vista como alguém que se dedica, faz longas horas, veste a camiseta, cultiva um burnout? Eu iria por um outro caminho. Vou dividir em algumas categorias.
Capacidade de cuidar do seu dia a dia e da rotina profissional:
- Autocuidado (primeiro você), quando consegue criar tempo para se priorizar. Nos cuidados básicos, fisiológicos e entendimento dos limites. Se precisa fazer mais horas, faremos, mas também vamos trabalhar para não ser necessário.
- Resiliência, mas não a de sofrer e seguir em frente. A de poder garantir um ambiente de entendimento e de trabalho em equipe. Onde a vulnerabilidade pode estar presente, justamente para maximizar o potencial das equipes e entender as limitações que cada pessoa vai ter na sua rotina.
- Autonomia (quais são os seus caminhos), onde temos consciência das nossas atividades, nossos papéis e responsabilidades. Assim sabemos o que precisamos de apoio e trabalho síncrono e também o que pode acontecer no nosso tempo. Este item ajuda diretamente no item de autocuidado.
- Busca por conhecimento (aprendizagem auto dirigida), pelos meios corporativos existentes e por mecanismos que serão criados em projetos paralelos. Entender seus formatos, estratégias e preferências de aprendizagem será um diferencial. E uma necessidade para maximizar o uso do seu tempo.
- Perseverança (grit), ou aquela minha frase da curiosidade ser maior que a frustração. Enquanto estivermos neste modo, estaremos nos dedicando e tendo alegria no esforço.
Capacidade de evoluir com a equipe, conforme se aprende em conjunto:
- Inovação (você melhor), e entender como podemos criar estruturas para testar e avaliar novas oportunidades.
- Capacidade de análise (quais são as suas opções / como você documenta), e de tomada de decisão. Aqui envolve entender como documentamos e como organizamos processos de tomada de decisão. E como aprendemos com este processo, para entender melhor sobre engajamento, perguntas, riscos e limites.
- Comunicação (qual é a sua arte?) sua para outra pessoa da equipe e comunicação sua para todas pessoas da equipe. Você prefere escrever ou falar? E como você tem conseguido escutar? Tem tido espaço? Como você comunica um projeto que tem interesse em trabalhar?
— Daniel Wildt
P.S.: este texto foi iniciado em 2021, a partir de uma leitura sobre uma linguagem comum para habilidades no trabalho, do World Economic Forum. Olha quais eram: Analytical thinking and innovation, Active learning and learning strategies, Complex problem-solving, Critical thinking and analysis, Creativity, originality and initiative.
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