A curiosidade me move. E muitas vezes para caminhos não estruturados.
Não é uma questão de gosto. É encontrar uma natureza, de como eu funciono.
Eu estava assistindo uma aula sobre educação corporativa. Em uma aula, aparece referência para o filme Alike, linda obra e que impacta quem está desavisado vivendo no piloto automático.
Esse filme me lembra de prestar atenção ao meu básico, ao que me dá energia. É isso que me permite não perder a minha cor. Me habilita a seguir em frente. Curioso.
A gente precisa apreciar o inusitado. Precisamos organizar o que queremos estudar e onde queremos evoluir. O ponto é que muitas vezes, não temos uma caixa exata de onde queremos evoluir e sobre o que queremos aprender.
Quando dei aula em faculdade, adorava assumir disciplinas de tópicos especiais, pois ali era o momento de experimentar. Ali fiz aulas sobre metodologias ágeis (que depois virou disciplina fixa — aqui estamos em 2005-2006), sobre gestão de tecnologia e padrões como ITIL e outros assuntos… era um momento de juntar várias abordagens e sair das disciplinas. Era a possibilidade de trazer um conhecimento “misturado e inusitado”, assim eu pensava.
Aí nesta mesma aula que comentei no início deste texto, se fala de Joichi Ito, que atuou como diretor do MIT Media Lab entre 2010-2019 e tem um texto maravilhoso sobre ser anti disciplinar, que conecta demais com a minha forma de produção de conteúdo e com a minha forma de pensar em conhecimento.
Meu conteúdo não conecta com quem busca uma caixa para se encaixar. Prefiro estruturas que se moldam conforme o contexto e necessidade. Por isso o meu interesse em falar sobre princípios, sobre estruturas que permitem negociar, discutir, refletir e praticar.
Minhas aulas por vezes estão tocando diversos papéis dentro de um processo de trabalho, pelo foco em habilidades e consciência de fluxo mais do que “fazer o que estiver na descrição de um cargo”.
E isso quer dizer que eu não faço cursos “fechados” e nem ementas? Faço, como um recorte. De algo que pratico, de algo que quero levar para o público, como limites. E assim com o Lean na Prática e em parte com o Aquele Princípio (ele tem partes que me permitem ir além).
Só que no Filosofia da Tranquilidade e no Consciousness and Tranquility, eu me permito brincar com as estruturas. Eu me coloco para poder expandir sem medo. Conectar ideias e assuntos sem receio. É onde me divirto mais, por saber que sempre posso posicionar e evoluir.
Ser “antidisciplinar” me conecta com diferentes caminhos e com a habilidade de compor conhecimento com o que estiver acontecendo no momento. Considero um privilégio poder construir conhecimento a partir do que vivo e a partir das pessoas que estão comigo em aprendizagem vivem. Estas conexões se expandem de forma impressionante.
Poder trocar com estas experiências é algo bem importante para a minha construção. Penso em criar um Clube da Wildtech, olhando conhecimento em cima das estruturas e assuntos que focamos, mas não consigo me ver criando cursos fechados e especializados. E nada contra quem faz isso.
O que me pergunto… é quem já está preparado para isso? Ou como libertar pessoas que estão presas em disciplinas e caminhos únicos para consumo de conteúdo?
Seguirei me perguntando por mais um tempo…
— Daniel Wildt
Você pode apoiar minha jornada de conteúdo através do projeto A Filosofia da Tranquilidade! Perguntas e reflexões para trilharmos nossos caminhos, com tranquilidade!
4 pensamentos sobre “Sobre ser antidisciplinar… e a curiosidade”