Limpeza

Quando estou fazendo algum exercício de limpeza, o ponto que mais me pega é na hora de remover o que não vai mais ficar no ambiente. Entra sentimento, entra um quem sabe deixa para daqui a pouco, quem sabe olha outra coisa antes, e quando vejo tem algum item que ganha da ordem prática.

Deixar o que fica, Seisō (清掃), é o item mais difícil da prática do 5S para mim. Separar e ordenar é mágico. Juntar as coisas parecidas e colocar elas em grupos. Todo mundo gosta de “clusterizar“.

O limpar é o que mais me trava.

Quer um exemplo? Tenta deixar de seguir 10 pessoas no seu perfil de alguma rede social aí. Tem rede social que te mostra as pessoas que você menos interagiu. Mesmo nestas, você pode ter dificuldade de deixar de seguir.

O padronizar, que pode ser estabelecer espaços ou limites para certas coisas, também ajuda a evitar que se tenha nova necessidade de “limpar”. Uma vez eu tinha uma coleção com umas 12 bolas de basquete. Eu me desfiz desta coleção e hoje tenho 4 bolas de basquete. E um espaço para somente 4 bolas de basquete.

Claro, eu posso criar novos espaços e aumentar este limite, mas hoje esta restrição me ajuda a olhar outras questões na casa, quando penso em decorar ou organizar espaços.

Eu não sei o que está na sua frente aí pedindo para uma limpeza, mas só quero dizer que respeito o seu processo e sei o quão difícil é passar por isso.

Deixar o que fica é uma frase sutil, mas carrega um peso emocional bem grande. E sim, podemos fazer as perguntas de Marie Kondo, ou jogar o jogo do minimalismo.

No fim, existe um movimento maior que nos deixarmos mais leves.

— Daniel Wildt

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