Errar também é caminho

As histórias de sucesso sempre contam desafios, seguindo a clássica jornada do herói, mas como pode ser importante entendermos e valorizarmos os erros do caminho. Como fazer isso? Não é também só contar erros, mas o que se aprendeu com os mesmos.

E até chamar de erros mesmo, ao explorar um problema, ao invés de simplesmente dizer que uma “hipótese foi refutada“. É isso também, mas a gente vai encontrando termos diversos para indicar que algo deu errado, sem deixar claro que algo deu errado e que a gente poderia ficar chateado com o que acontece e refletir, melhorar, adaptar, mudar, aprender, etc.

Um planejar envolve suposições, por vezes muitas. Suposições podem ser vistas como expectativas, mas não é todo mundo que consegue entender que um plano e mais ainda um plano com suposições tem muito mais chance de dar errado do que algo que pode ser simplesmente repetido. Que nem é bem um plano, mas talvez só uma instrução técnica de passos a serem seguidos.

Tipo fazer um sanduíche de uma receita que você usa toda semana. Aí nem dá para dizer que é planejar, pois estamos simplesmente executando uma tarefa. Não existe modo descoberta, com exceção do processo de separar os ingredientes para poder fazer a receita.

Por vezes pessoas de gestão querem um plano, que não é bem plano, pois não querem falhas. Querem ver o resultado que elas estão contando que aconteça depois de determinado período, mesmo sabendo que o trabalho é de incerteza, é exploratório e tudo mais. O realizado destas pessoas não espera que nada de errado aconteça.

Quando você faz um trabalho que se repete, as chances de problemas estão relacionadas a questões externas, de clientes e fornecedores. Também pode ser algo relacionado com insumos, na gestão do necessário para realizar um trabalho, como comentei anteriormente.

Quando se trabalha com algo de inovação, que nunca foi feito, os controles disponíveis são outros. Estamos normalmente executando e aplicando algum conhecimento, fechando os ciclos medindo o que aconteceu. A partir disso, um novo ciclo de experimentação com os aprendizados que tivemos anteriormente acontece. Em cada ciclo estamos mais próximos do que queremos alcançar. Mais conscientes. Ao mesmo tempo estamos removendo riscos técnicos ou explorando as possibilidades que podem ter mais riscos.

Errar é parte do caminho e não deve ser esquecido. O caminho de acordar e de consciência vai ter quedas, recaídas, queixas. E junto disso muito aprendizado.

Águas vão rolar, canos vão se entupir. Como buscamos fluidez, sempre daremos um jeito de seguir e buscar o que temos como visão. Um novo caminho se abre, para estarmos mais próximos do resultado que buscamos.

— Daniel Wildt

P.S.: “Errar também é caminho” é frase de uma música de Filipe Ret, chamada Faça você mesmo.

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