Conforto, o mínimo, depois Progresso. Não antes. O que é atuar confortavelmente? E o sair da zona de conforto?

Brené Brown fala para termos Coragem acima do Conforto. Isso fala sobre como nos posicionamos, sobre como a gente vive o nosso dia a dia, onde por vezes aceitamos pequenas violências… e por algum motivo achamos que estamos em conforto por “deixar assim” algum assunto.

O papo aqui vai para uma outra perspectiva. Talvez, de que a gente deveria conseguir entender qual é o mínimo de conforto que precisamos ter, para ter algum tipo de progresso no que fazemos.

E o conversar sobre mínimos de conforto diz respeito a entendermos que podemos operar e iniciar muitos projetos com pouco. O nosso primeiro passo pode ser mais fácil. Não precisamos se um celular perfeito para tirar fotos para iniciar um perfil no instagram. Talvez a gente possa começar apenas com republicar outras pessoas e um olhar diferente sobre o conteúdo (veja as páginas de memes). Isso muda o jogo e como iniciamos projetos.

Pessoas criadoras e criativas se resolvem com as ferramentas que estiverem disponíveis. Usam a dificuldade e a restrição como oportunidade.

Eu sempre que proponho algum modelo ou funcionamento, me coloco dentro daquele funcionamento para entender como eu me situo. Uma vez pensei em como seria formar pessoas em tecnologia usando apenas chrome books ou computadores apenas com internet e navegador, programando usando alguma ferramenta de desenvolvimento online. Durante meses eu usei um Chromebook e uma conta no Cloud9 para programar e entender como eram as dificuldades de operar neste modelo. Custos, desempenho, capacidades, disponibilidade de internet limitada, tudo era critério de entendimento. Por acaso, esse mundo de desenvolver usando soluções online vem melhorando e muito nos últimos anos. Essa história era de 2019, pelo menos a última vez que testei isso com mais intensidade.

Precisamos sair da nossa zona de conforto! Dizem por aí… mas precisamos mesmo?

Eu tenho uma confissão: não quero sair da minha zona de conforto. Quero ampliar a minha zona de conforto. Tudo o que faço é para poder ampliar, amplificar, expandir… as práticas que realizo me ajudam a fazer o trabalho que preciso fazer para continuamente aumentar minha zona de conforto. Logo, cada vez coisas mais difíceis ficam mais fáceis, pela prática que vou construindo em volta das histórias.

Agora… eu não consigo produzir se não estiver com um mínimo de conforto para fazer a atividade em questão. E conforto em algum aspecto podem ser equipamentos de proteção individual (EPIs). Eu consigo fazer uma sessão de treinos de arremessos no basquete sem minhas joelheiras e tornozeleiras. Agora, não existe chance de eu competir sem os equipamentos.

Primeiro o conforto, depois o progresso. E, interessante…

Quanto mais eu amplio a minha zona de conforto, mais amplia o mínimo de conforto que eu preciso para fazer algum trabalho.

Daniel Wildt

Esse jogo de pensar no mínimo de conforto é sobre vários aspectos:

  • dispositivos
  • cheiros
  • ruídos no ambiente
  • iluminação
  • dependências
  • autonomia
  • risco

Diria que qualquer aspecto que atue nos nossos sensos, nos bloqueando de usarmos nosso potencial por algum pensamento externo.

Claro, dependendo do que você precisa, estamos falando quase de EPIs, de questões essenciais para fazer o trabalho que precisa ser realizado. Estou explorando aqui questões quem poderiam quase serem classificadas como “supérfluo”. Não são essenciais, mas certamente ajudam a fazer um trabalho melhor.

Pensa aí sobre o que é estar atuando confortavelmente para você.

— Daniel Wildt

Brené Brown? Sobre Certezas… o texto que indico.

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Respostas de 2 a “Conforto, o mínimo, depois Progresso. Não antes. O que é atuar confortavelmente? E o sair da zona de conforto?”

  1. Avatar de Caminho que conduz para si mesmo… – daniel wildt
    Caminho que conduz para si mesmo… – daniel wildt

    […] questionamentos sobre como lido com relações ou como lido com os projetos que me fazem querer ampliar minha zona de conforto. Quando estou em outras buscas, meu funcionamento para mudanças vem no modo […]

  2. Avatar de Sempre dá para piorar – daniel wildt
    Sempre dá para piorar – daniel wildt

    […] que o pior ainda esteja em volta da equipe, consciência e hipóteses sendo testadas vão fazer o mínimo de confiança no ambiente aparecer. E também ao longo do caminho, segurança. E depois, o trabalho do progresso […]