Uma conversa, em um evento, estilo entrevista, com perto de uma hora de duração, perdida. Eu pensei comigo: perdi tudo.
Meu lado de buscar controle e prevenção fica mais frustrado ainda… usei equipamentos que tinha testado e validado antes de iniciar o processo de gravação, que não entregaram o que deveriam ter entregue. Uma pena.
E eu tinha “perdido tudo”.
Tecnicamente perdi mesmo, pois não se aproveita nada do vídeo. Quando uma ideia começa a sair, os microfones fazem seu trabalho e transformam todo mundo na professora do Snoopy (Miss Othmar).
Agora, dito isso, o presente chegou nas minhas reflexões.
Posso contar esta história diferente…
Eu fiquei quase uma hora conversando com duas pessoas e aprendendo sobre a visão de mundo delas, através de histórias, experiências e acontecimentos. Eu pude conhecer mais sobre como elas vivem e pensam, em um assunto que me fascina: tempo.
Vivências e filosofia, questionamentos sobre sentimentos e estruturas de como podemos viver várias vidas dentro desta mesma que estamos percorrendo. E também questionando morte, seus arrependimentos e o fato de que o dia vai chegar. Até existencialismo entrou na conversa e nos significados que estamos dando para o nosso viver.
Por um problema técnico não consigo amplificar a conversa realizada… mas eu estando por lá aproveitei cada minuto. Minha curiosidade estava interessada em saber mais dos pensamentos, experiências e visões.
A curiosidade é a força maior.
Se a gente pode morrer em qualquer momento, se este pode ser um dos nossos últimos momentos nesta existência, o tal Memento Mori, eu passei um momento de qualidade conversando com pessoas que possuem vidas totalmente diferentes, mas ao mesmo tempo próximas, quando minha lente trata de momentos de felicidade, frustração, dor, amor, tristeza e surpresas, por exemplo.
Outra coisa que nos une em qualquer situação é que não controlamos o que acontece, apenas temos controle sobre o que fazemos a partir do que acontece conosco. Uma parada do estoicismo, que junto com temperança me conecta bastante no modo de viver.
O fato do áudio não ter ficado legal saiu da classificação de tristeza para surpresa, quando penso que posso fazer um novo pedido de encontro com estas pessoas. E quando me lembro que eu saí melhor e com novas reflexões pós a conversa. E hoje mais uma… proporcionada pela tecnologia. Ou a falta dela. 🙂
Em resumo: nem foi tempo perdido.
— Daniel Wildt
P.S.: Como se quer registrar esta conversa, faremos uma nova edição do tal evento. 🙂
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Uma resposta a “Perdido?”
Muito bom. A vida não é o que acontece conosco, é como reagimos ao que acontece conosco. Vamos fazer de novo, com certeza! Abraço!