Como você classifica o trabalho que realiza? Sobreviver, desbravar, especializar, evoluir ou manter?

Tem muito discurso motivacional dizendo que a gente consegue o que quer, que somos capazes de alcançar o que queremos, que só precisamos de força de vontade.

Esse tipo de discurso atrapalha e faz muitas pessoas desistirem. Afinal, porque você não estuda nas madrugadas e nos finais de semana? Por qual motivo você não dedica mais que o seu limite?

Eu considero tudo isso uma questão de momento. Explico.

É muito fácil eu falar que atuar com tecnologia é legal, fácil e que paga bem. Pra quem está vivendo este mundo faz 26 anos, na escrita deste texto, deveria ser fácil mesmo. Digamos que eu tenho algum tempo já presente para estudar, praticar e aplicar meus conhecimentos.

Agora, não posso dizer a mesma coisa sobre meus primeiros anos, no tempo que pensei em desistir, quando ficava questionando a minha qualidade e capacidade de atuar. Isso passa, e depende muito de quem vai estar no seu caminho, ajudando ou atrapalhando.

O que eu quero dizer sobre estas categorias? Como me conecto com elas?

Sobreviver: Quando estamos em modo de sobrevivência, temos um gasto de energia gigantesco acontecendo e muitas preocupações ao mesmo tempo. Preocupações financeiras podem estar rodando a sua cabeça neste momento e é muito difícil conseguir concentrar e isolar para poder “estudar” e “se divertir”. É possível se isolar emocionalmente para tentar abrir ao espaço ao que “precisa” ser feito, mas isso pode vir a criar outros problemas na nossa estrutura de viver. Cuidado, tenha certeza de possuir uma rede de apoio para ajudar você neste caminho. Pessoas amigas para escutar, e se possível algum apoio psicológico.

Desbravar: Estamos em um espaço aberto para aprendizagem. Oportunidades de criar, pessoas para nos apoiar e nos ensinar coisas que nos ajudam a fazer acontecer. O aprender pode aparecer de formas diferentes, como colaborar, voluntariar, fazer ou criar.

Especializar: Aqui estamos falando em tomar decisões do que escolhemos virar especialistas. Qualquer habilidade que temos vontade ou necessidade de aprender mais sobre e estar em projetos ou organizações que nos colocam em posição para atuar. Quando você está em posição de especializar, é importante conectar com a sua rede e saber quem ajuda neste caminho. Mesmo que na empresa ou projeto que você está não tenha quem você possa trocar ideia, não é um real impedimento. Você pode procurar outras pessoas que te ajudam a criar mais valor no local onde você está. A preocupação neste passo está em você se desenvolver.

Evoluir: Se você está evoluindo nas suas habilidades e não está ajudando outras pessoas a se desenvolverem… pensa aí. Volta que deu algo errado. Evoluir vai além da especialização. Envolve criar outras estruturas, que por exemplo ajudam a criar mais calma e tranquilidade quando estamos vivenciando um problema. Qual é a sua estrutura de melhoria contínua?

Manter: essa palavra é perigosa. Manter não é algo suave. Ao manter, novos padrões se estabelecem. E uma zona de conforto vai acontecer. Dica: alternar entre espaços de manutenção e evolução pode ser interessante. Ampliar a sua zona de conforto pode ser bem relevante. A outra coisa importante sobre o manter, é que você precisa aumentar o desafio ao longo do tempo. Praticar o mesmo, sempre, da mesma forma, pode ser chamado de manter, mas não vai ajudar você na sua prática. Ou a gente melhora, ou a gente piora.

Qual o seu momento?

— Daniel Wildt

Você pode apoiar minha jornada de conteúdo através do projeto A Filosofia da Tranquilidade! Perguntas e reflexões para trilharmos nossos caminhos, com tranquilidade!

2 pensamentos sobre “Como você classifica o trabalho que realiza? Sobreviver, desbravar, especializar, evoluir ou manter?

  1. Muito legal essa reflexão Daniel. Realmente não dá pra esperar a mesma sabedoria de quem tem pouca experiência. Sou professor de adolescentes e sempre digo pra eles que vai dar tudo certo, que eles tem que persistir, mas noto que muitas vezes eles (e eu também) enxergamos os problemas maiores do que eles são mesmo. Só ao resolvê-los é que percebemos que aquele dragão não era tão grande assim.

    Ultimamente seu blog tem sido um dos sites que mais gosto de acompanhar. Obrigado.

    Um abraço!

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