A gente evolui, querendo ou não. A cada situação que nossas mentes e corpos passam, temos nova consciência. O que não era possível ser percebido, agora é.

Você pode escolher não sentir, mas não é sua escolha. Você pode escolher suprimir os sentimentos, mas você não suprime. Você está sentindo tudo, e reprime ao não se permitir sentir. E se oprime ao não escolher tomar uma decisão com o que sente.

Achar que está tudo bem não vai tornar o problema menor, nem melhor. Aceitar falas e atitudes que impactam a sua vida e deixar para lá, não vão ajudar. Elas seguem ressoando dentro de você, querendo ou não.

A escrita aqui está indicando a necessidade de limites, mas estamos no outro lado da moeda. Quais limites você anda segurando por aí? Qual medo existe internamente de repensar estruturas que você tinha como pilares ou provações? Provações para quem? Quem está olhando e aprovando por aí?

Quando falo da temperança, no contexto do estoicismo, não falo nem sobre reprimir nem oprimir. A prática de escrita, do journaling, é justamente um dos locais para deixar tudo o que se sinto e penso. Colocar as ideias em ordem, as decisões em perspectiva. Escrever aqui também.

Quando eu escrevo, estou pensando sobre um assunto e trazendo ele de alguma forma. O que causou esta escrita pode ser um assunto pessoal, profissional, esportivo, familiar, ligado com amor ou alguma prática do meu dia. Independente do contexto, os sentimentos disponíveis não mudam tanto.

Já pensou que podemos aprender sobre os nossos sentimentos em lugares e momentos diferentes? Esses momentos e lugares se tornam recursos que nos ajudam a nos entendermos melhor. O mesmo acontece com as nossas identidades, que nos habilitam a trazer sentimentos para o presente.

Sente?

— Daniel Wildt

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