Tive conhecimento de algumas empresas que fazem pagamento para as pessoas considerando o dia de trabalho. Trabalhou o dia cheio, ganha X.

Já passei por situação onde fiz treinamentos que duravam um dia cheio ou mais dias. Minha lógica sempre era pensando em quanto durava o dia e quantidade de pessoas, para pensar o valor. Outras variáveis entravam em jogo também, como deslocamento e principalmente o que eu deixaria de fazer. Tempo de oportunidade, por assim dizer. Por vezes tinha que viajar para outro lugar e deixaria de prestar serviços ou deixaria de fazer outras atividades.

O mundo vem mudando.

Hoje em dia consigo vender treinamentos sob demanda. Já está gravado, e fico disponível para trocar ideia com as pessoas conforme perguntas e dúvidas aparecem a partir das aulas que elas assistem.

Isso conecta sobre como podemos contratar e ser contratados por empresas e por pessoas. Empresas pelo mundo estão usando outras estruturas de remuneração. Pessoas atuantes por projetos, por um conjunto de horas mínimas e máximas.

Pessoas atuando quatro dias da semana ao invés de cinco, para simplificar. Pessoas querem ganhar mais dinheiro ou ter mais tranquilidade? Qual estilo de vida está dominando nas empresas?

Um contrato “full time”, de dedicação exclusiva, significa que uma empresa está pagando pela sua disponibilidade. Se estamos falando de horários específicos, estamos adicionando ainda que a empresa está buscando disponibilidade e adquirindo uma janela de tempo sua. Ou é horário flexível? Ou como se vê muito, horário flexível, mas entre 8h e 18h? 😛

Claro, certos tipos de trabalhos precisam operar quando os clientes estão operando também. Não estou falando deste tipo de trabalho.

Ter um trabalho feito em um tempo que pode ser interessante para mim é diferente de estar disponível em um tempo específico para uma determinada empresa para realizar o mesmo trabalho. Pode ser uma combinação de agenda, e aí tudo bem, mas pode não ser.

Quanto vale a sua rotina? Quanto vale o seu dia? Quanto vale o seu tempo síncrono?

— Daniel Wildt

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