A gente vai conviver, conhecer e se aproximar de uma série de pessoas na nossa vida. Você vai chamar estas pessoas de vários nomes diferentes. Amizades, amores, frustrações, desastres e inclusive pessoas que você não quer mais estar perto, que chamarei gentilmente de “distâncias”.
Apesar de podermos classificar em diversos nomes e contextos, no final do dia a gente acaba descobrindo que só existem dois tipos de pessoas na nossa vida: pessoas que nos abraçam e pessoas que nos desequilibram.
Quem abraça é quem te puxa. Pessoas que estão preocupadas com você. Quando você sair do eixo, elas vão aparecer e estarão do seu lado para te ajudar a levantar. Quando você errar, elas não vão passar a mão na sua cabeça. Elas vão criticar e também estarão próximas, ajudando você no seu caminho de melhora e consciência. São pessoas que entendem sobre o poder do silêncio, que entendem sobre a importância da tranquilidade e da calma. São pessoas que potencializam o seu funcionamento e te dão segurança para experimentar.
Quem desequilibra é quem te empurra, principalmente quando você está quieto e em equilíbrio. Pessoas que estão usando você, que tratam você como um recurso. Também aparece aqui quem está aguardando você errar, para amplificar o problema ao tempo que se esquiva de tudo relacionado. Essas pessoas trazem frases de efeito e por vezes ameaças. Usam falas para manter a crença de que você está no erro e precisa melhorar para “adequar” ao que estas pessoas pensam de você. Existe uma estrutura de competição presente, criando tensão onde deveria existir cooperação e escuta. Conforme for a sua estrutura de funcionamento, você acredita que o problema é você.
Parece fácil identificar e organizar, mas não somos lineares. Temos uma série de interações com uma série de pessoas e por vezes sofremos influência de conversas anteriores para as próximas. Logo… a complexidade está presente. O que temos no nosso controle é entender como escolhemos reagir ao que acontece conosco, ao tempo que isso se torna algo complexo de cuidar quando estamos em modo de confusão e vulneráveis. E aqui também é a nossa oportunidade de aprendizado contínuo, quando tivermos espaço para isso.
Estamos sempre em conflito, com outras pessoas e conosco. O ponto base é que um conflito deveria estar em conjunto com um espaço onde podemos operar e melhorar e atuar em conjunto, negociar. Quando isso não acontece, estamos em confronto, e aí as regras de negociação não funcionam. Conflito deveriam fazer pessoas caminharem para um caminho comum. Diferente de um confronto, que vai sempre deixar alguém pelo caminho.
Uma outra questão importante é sobre o processo de classificação das pessoas. Talvez você encare pessoas que estão sistematicamente abraçando e tentando fazer você melhorar, como pessoas que criticam. Apenas reflexão e consciência vão ajudar neste aprendizado. Prática e presença são parte da única resposta que consigo pensar neste momento.
Aqui vale sempre entender sobre sua habilidade de escuta, pois muitas vezes você está sem espaço para receber apoios e pedidos.
Se fosse operar na ironia… talvez o melhor seja você se transformar em alguém que as pessoas querem distância? Qual o problema disso? Uma hora vai sobrar apenas você, e talvez você não esteja com a preparação necessária para viver isso.
E aqui pensando… o que aconteceu com a humildade? Com a nossa capacidade de viver o presente consciente do nosso momento?
Humildade deveria ser uma característica base, que nos mantém em um modo aprendiz. Infelizmente por vezes queremos nos mostrar mais fortes que outras pessoas e esquecemos do cuidado.
Cuidado não acontece por acaso. Cuidado é intencional.
— Daniel Wildt
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2 pensamentos sobre “Você vai encontrar dois tipos de pessoas na sua vida. Cuide quem vai ficar do seu lado.”