Ninguém te manda mensagem para saber como você está? E quantas vezes você manda mensagem para pessoas, para saber como elas estão?

Você tem inveja do que outras pessoas fazem ou possuem? E o que você está fazendo sobre as suas habilidades e o modo como você está aplicando o que sabe em projetos?

Você se preocupa em saber como será a sua vida daqui a 30 anos, sobre como será o seu estilo de vida? E o que você está fazendo com o seu estilo de vida atual?

Se preocupe com o que está no espelho. Se preocupe com o que você consegue perceber sobre você.

E indo um pouco mais longe… porque você acha que vai viver mais 30 anos? Qual o motivo para você pensar que vai ter a chance de viver trabalhando da mesma forma que trabalha hoje? Quanto tempo você já aguentou ficar fazendo a mesma coisa? Se a resposta por 30 anos, talvez você tenha a chance de seguir repetindo o trabalho pela mesma quantidade de tempo.

Não é o meu caso.

Então no meu caso, eu não consigo repetir o mesmo tipo de “trabalho” por muito tempo. Consigo repetir certos comportamentos por muito tempo. Então eu posso aceitar viver uma vida que eu não concordo por décadas, em sofrimento silencioso, mas eu não consigo trabalhar em projetos que não acredito por muito tempo.

Vai entender… eu ainda estou tentando quebrar meus padrões e entender sobre a minha incapacidade de querer ser 100% feliz. Por algum motivo, eu acredito que ter uma parte da minha vida ruim é necessária para impulsionar uma outra área. Como se um poeta precisasse de desilusões amorosas reais para poder escrever seus poemas… como se não fosse possível pensar, inventar e criar histórias.

Vai entender. Sigo me olhando no espelho.

— Daniel Wildt

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