Se levante

Não tenho passado por boas semanas, desde o final de novembro me pego em altos e baixos. Mistura de sentimentos ficam jogando meu dia para momentos bons e ruins… já escrevi sobre como venho aprendendo a lidar com raiva e tristeza. E internamente, venho entendendo como levantar o corpo, a cabeça e a mente nestes tipos de momentos.

O estoicismo, através da temperança, me ajuda a permanecer no chão. Nem afundar, nem flutuar. E o “pelo menos” me ajudado a fazer algumas coisas dentro dos meus dias. Exercícios, leituras, coisas que preenchem o dia e me fazem refletir, criar bons momentos, suavizar a rotina.

Mas o fato é que eu comecei a tirar do meu dia a dia o que normalmente é feito de dentro pra fora, que precisa de consistência. Fiquei um período executando o que se demonstrava como necessário. Com isso meus projetos pararam de certa forma, e prejudiquei projetos e movimentos que são muito importantes para mim.

Nos contatos com pessoas, somente o que precisava ser tratado. Minha paciência batendo limites que não tinha experienciado e um consumo de energia bastante elevado.

Terminava os dias em silêncio. Faz alguns dias que eu consegui encontrar a tristeza. Hello darkness my old friend, como eu chamo estes momentos. Simon & Garfunkel na área pra me ajudar.

E não adianta eu acelerar muito não, o tempo tem o seu tempo, inclusive para isso. Quer dizer, eu passei muitos anos da minha vida travando sentimentos e forçando o fazer. Alguns chamam de resiliência. Eu também chamava de resiliência, mas estava me matando pouco a pouco, me impedindo de aprender com o que sinto.

E quem me pergunta sobre o estoicismo, se não é justamente isso, esse é o ponto da temperança. É ter consciência dos sentimentos, poder perceber e abraçar estes sentimentos, e a partir disso fazer o que estiver no seu controle.

O problema é que eu nem deixava um sentimento aparecer. Passava por cima e evitava “sentir”. Essa foi uma mudança que fiz aos 27 anos, e já são 15 anos “aprendendo a sentir”.

E aqui vou eu para mais um movimento de levantar. Não foi o primeiro, não vai ser o último, mas esse é diferente. Eu estou mais consciente do que estou fazendo. E sentindo um pouco mais do que nas outras vezes. Isso é aprendizado.

— Daniel Wildt

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