O tédio aparece no dicionário como o contrário de diversão. Estar em estado de tédio, ou entediado, pode ser uma mistura de aborrecimento, desgosto e outros sentimentos que não indicam muita coisa boa não.
Agora, o tédio pode ser o espaço onde o silêncio ganha alguma oportunidade de aparecer, e talvez nem ser confundido como esse tal mal estar.
Oportunidade?
Penso na oportunidade de perceber o silêncio como uma necessidade. A possibilidade de parar e daqui a pouco poder perceber a real necessidade que tenho naquele momento.
Tem alguns padrões que reconheci aqui. Quando me percebo entediado costumo fazer algumas respirações longas, normalmente três. E percebi que estas mesmas respirações eu faço quando vou me alongar para poder seguir em um espaço de tempo de foco.
Também percebo que a forma que me sinto quando estou entediado se parece muito com as sensações que tenho quando realizo tarefas que não tenho interesse em fazer. Atividades ligadas com controles e também trabalhos manuais e repetitivos costumam ser classificados desse jeito.
O tédio me exige presença e entender “quanto falta” para algum trabalho que classifico deste jeito.
Fora isso, toda oportunidade de tédio parece se transformar em uma oportunidade de automatizar ou padronizar a forma como faço algo. E quem sabe até achar uma forma de deixar de fazer?
— Daniel Wildt
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