Parecem as mesmas coisas, mas elas funcionam de formas totalmente diferentes.
Eu penso nestas relações de ir contra algo como relações onde alguém quer ganhar, mas derrubando outras opções. Não é uma relação construtiva, nem baseada em excelência.
Já em situações onde se defende algo, você se baseia em organizar uma estratégia de ganho para todo o sistema presente.
Também pode ser apenas uma questão de perspectiva? Pode, mas novamente sou eu aqui analisando situações da minha vida.
O TL;DR desse texto é: defenda coisas, ao invés de ir contra coisas. 🙂
Ir contra algo implica em você deixar de lado inclusive o que acredita em prol de algo que você também não consiga entender muito o sentido. A sua motivação por vezes está ancorada em outra pessoa. Nas vezes que operei no modelo de ir contra, me pegava em situações querendo fazer alguém perder, ao invés de fazer o que eu acreditava para ganhar. Vingativo? Eu leio hoje como imaturidade. E pior. Não era sustentável e nem tinha independência. Eu precisava de algo extra acontecendo para poder ir contra (existir).
E dá para funcionar diferente. Defendendo o que você acredita.
Só tem um problema.
Para defender algo, dá mais trabalho, e o processo é de mais longo prazo. Você precisa de base, argumentos construídos a partir de prática, observação e conforme o seu contexto, ciência.
O empirismo funciona no início, na experimentação e observação, mas quando você consegue demonstrar coisas dentro de um contexto, a aplicação de padrões e de estruturas já conhecidas (estudadas e validadas no passado) torna tudo mais real.
No meu mundo de pensamento sistêmico e teoria das filas, o empirismo apenas me ajuda a praticar e depois de um tempo encontrar padrões e algum princípio bem estabelecido que me demonstra como um determinado comportamento acontece.
Aí fica “fácil”.
Até pra quem curte “defender liberdade”, ganha um trabalho extra e necessário. Tem que entender limites, como a liberdade de outras pessoas e do seu grupo, trazer consciência de responsabilidade, e ter visão de todo. Defender uma coisa não é algo isolado, e precisa de critérios.
Essa é a beleza!
— Daniel Wildt
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