Transformação ágil ou sistêmica?

Tinha um post em rascunho aqui falando sobre transição para o uso de metodologias ágeis para quem atuava em ciclos de entrega muito longos.

Aí fiquei pensando que a transformação que precisa acontecer não é para as metodologias ágeis. A transformação é sistêmica.

E quando se pensa em sistema, vale lembrar que é jeito, não força. Marretar coisas? Usar um martelo talvez nem seja necessário.

Mas vamos ao que interessa… pensa em uma empresa que “quer ser ágil”.

Qual a motivação para reduzir tamanhos de lotes? Qual a motivação para aumentar frequência de feedback? Qual a motivação para humanizar o trabalho de uma equipe?

Qual a motivação para conectar com problemas reais ao invés de soluções imaginárias? Ok, essa é mais fácil de responder. Sair do mundo da imaginação e achar que tudo é óbvio é uma atividade constante. Fugir dos achismos é algo útil, sempre.

Muitas empresas vão fazer isso pois o mercado “pede”. Facilita contratar pessoas. Só tem um detalhe. Essas vão falhar, uma por uma. Não importa ter selos de qualidade de bons lugares para trabalhar, “motivar” pessoas para darem depoimentos em ferramentas de contratação, não importa. Elas irão falhar, simplesmente pelo motivo de não ser algo genuíno e por elas não estarem interessadas em entender sobre reais motivações.

A transformação é feita por pessoas, e a transformação deve ocorrer no seu sistema. O impacto deve ser organizacional e conectado com os resultados de negócio.

A transformação não acontece somente na sua equipe, mas nas conexões que existem dentro da sua equipe e da sua equipe para outras equipes da organização. A evolução está presente nos pontos de contato. Os desafios em cada um dos atritos e tensões que irão acontecer.

E o que se faz a partir disso? Quais são os momentos de reflexão existentes para avaliar o que está acontecendo e buscar futuros melhores e mais conscientes?

O grande ponto, mesmo com muitas pessoas “matando agilidade” e qualquer outra palavra da vez, é que agilidade não precisa ser salva. As empresas é precisam acordar para o que realmente importa. Exemplo de “assuntos” que as empresas deveriam prestar atenção?

  • Conectar com clientes e mercado: para onde estamos indo? Que mercados queremos evoluir? Onde estão nossas maiores potências e oportunidades?
  • Melhorar continuamente: qual a estrutura de reflexão e apoio para a melhoria? As pessoas possuem tempo disponível para melhorar o que fazem, continuamente?
  • Simplificar processos: o que você faz, se melhorar, deve ficar mais simples. Seus procedimentos devem ficar mais simples. Seus princípios devem se fortalecer e dar base para quem atua na sua equipe. As decisões vão ser tomadas não lendo uma FAQ, mas utilizando conhecimentos e reflexões para embasar novas ideias.
  • Aprender a documentar decisões de negócio: como você escreve o aprendizado em descoberta? Como você descreve alguma decisão em andamento? Como você escreve suas reflexões? Escreva.
  • Cuidar sobre riscos e continuidade de negócio: o que pode dar errado? O que podemos atuar com prevenção? Quais são nossas estratégias para entender o que pode impactar o trabalho da equipe ou a organização? Quais são as dependências existentes?

Toda caminhada começa com um primeiro passo.
Reconhecer e ter consciência sempre é um bom começo.

— Daniel Wildt

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3 pensamentos sobre “Transformação ágil ou sistêmica?

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