Economia tem uma das definições com “ciência que estuda os fenômenos relacionados com a obtenção e a utilização dos recursos materiais necessários ao bem-estar“.

Só que atenção e conexão não podem ser tratadas como recursos materiais. Percebo quase como um insulto. Estas palavras inspiram cuidado, presença e posteridade.

Eu não quero sua atenção de qualquer jeito.

Meu jeito de olhar a tal economia de atenção é entender que cada pessoa tem um momento de click. Tem conteúdos disponíveis faz alguns anos, décadas ou séculos, mas eu só descobri a pergunta que me leva até algum deles faz poucas semanas. Tem gente que nunca vai descobrir pessoas e assuntos que poderiam ser decisivos na própria jornada.

Exemplo? Tem gente que ainda não leu nada sobre Paulo Freire aqui no Brasil, enquanto o autor é homenageado e referenciado em muitos lugares do mundo e inclusive homenageado na página principal do google, pelo seu centenário.

Economia de atenção precisa de responsabilidade e de presença. E sem pressão, dado que é escolha. Não adianta eu forçar a barra e dizer que você precisa ler ou assistir um conteúdo meu, que eu fiz pra você. No fim, vai valer o seu tempo. Talvez eu nem esteja mais escrevendo quando o dado conteúdo for consumido. E vai estar tudo bem. Eu escrevo pra quando fizer sentido. 🙂

Economia de conexão precisa ser real, precisa ser baseada em progresso e presente. Não pode ser tornar caderno de cobrança, não pode servir para pessoas se sentirem presas ou limitadas no que elas podem fazer ou pedir. Economia de conexão serve para libertar sonhos. Libertar aprendizados. Libertar amores.

Enquanto a gente ficar preso na economia pensando em dinheiro e trocas baseadas em preços, não teremos a possibilidade de ver a abundância que a troca baseada em valor, amor, progresso e movimento pode trazer.

— Daniel Wildt

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