E nem tão pouco o ser está conectado com a forma como você se veste.
Tem um livro do Ben Horowitz, que tem o título traduzido como “o que você faz é o que você é”. É interessante que neste livro tem uma passagem bem ligada sobre o vestir, falando sobre o estilo casual de se vestir em uma empresa e como este movimento buscava dar voz para as ideias e não para a forma das pessoas se apresentarem.
Conheço lugares onde o estilo de se vestir conecta com a hierarquia. Conforme a hierarquia, mais formalidades. A conta bancária e os crediários poderiam ser dívidas infinitas, mas nos corredores a pessoa certamente se sairia como rica, fina e bem sucedida.
Isso vale para muita coisa. Eu posso me vestir como uma pessoa profissional de basquete. Seriam necessários poucos minutos para a realidade se apresentar e eu ser “colocado” no meu lugar de entusiasta do basquete. 🙂
O que vale sempre vai ser a prática!
Tenho visto algumas pessoas tão conectadas com determinada carreira e com as empresas que podem trabalhar, que por vezes complica sua trabalhabilidade.
O jogo é bem simples: o que você faz se transforma em um conjunto de habilidades, que ganham e perdem energia ao longo da vida profissional e dos diferentes projetos que participamos.
Vejo muitas pessoas sempre atrelando nome + empresa, quando na verdade o seu mini currículo deveria ser algo sobre seu nome, suas habilidades e alguns princípios ou crenças. No final você pode falar onde está atuando agora para dar contexto ou as entidades que situam onde você está no presente.
E pode ser pior. Quando as pessoas se apresentam usando seu nome e indicam que TRABALHARAM em empresas ditas de destaque. Por vezes nem mostram o que fazem hoje. Usam o seu “ex crachá” para situar algo que fizeram na vida, como se aquela posição profissional fosse um troféu. Confesso que acho estranho. É algo diferente de uma medalha olímpica ou um troféu esportivo, que conta uma história e uma jornada até aquela conquista. Poucas coisas da vida profissional vão ter este tipo de classificação.
Lembre sempre de pertencer, e não se encaixar.
— Daniel Wildt
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Um pensamento sobre “Você é o que você faz, não onde você faz ou fez.”