A palavra distração é divertida. Se fala que pode ser algo que se faz com divertimento. Como se o fato da pessoa gostar do que faz não pudesse ser algo sério. É uma distração? Eu tenho outra opinião.

O lance do distraído aparece muito como alguém não prestando atenção no que a gente gostaria que ela estivesse dando atenção. Para a pessoa “distraída”, ela está em modo de foco com algum assunto diferente do assunto do nosso interesse.

Tenho brincado que a necessidade da gente trazer o foco da pessoa para o mesmo assunto que o nosso, pode ser sobre a forma como o assunto está sendo facilitado. Se a sua forma de leitura é pela perspectiva da distração… talvez seja importante reconhecer que o fato da pessoa estar completamente voltada para si mesmo não é um problema para ela essencialmente, dado que é genuíno o interesse em outro tópico.

Talvez o nosso assunto realmente não seja interessante para este momento? Seria um assunto desnecessário? Que poderia ter sido resolvido por um email? De forma não simultânea? Como avançar? Na linha da regra dos dois pés, talvez fosse legal a pessoa saber que ela pode estar em outro lugar, onde consegue trazer mais valor e onde consegue atuar de forma mais consciente. É parte do desafio constante de sair do piloto automático.

— Daniel Wildt

Extra: sobre a palavra distração, no dicio.

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