Essa é uma frase clássica, de não ser uma “pessoa de muita iniciativa e pouca acabativa“. Que muitas pessoas iniciam coisas e não terminam. Que estas pessoas precisam atuar nestes “pontos fracos”!
O que significa “acabativa” para os padrões corporativos (industriais e exploratórios) do trabalho no Brasil?
Aqui começam os problemas. O primeiro de todos: iniciar (descoberta) e terminar (entrega) são naturezas de trabalho diferentes.
Estava lendo um material do Seth Godin sobre iniciativa, e pensando sobre muito do que falta em pessoas no jogo corporativo. Vejo por vezes pessoas que trazem sua preocupação com rotina, com executar o trabalho, e por vezes trazem a falta de tempo para poder dedicar tempo para outras atividades. Exemplo, melhorar o que se faz, ou adicionar novas responsabilidades.
Quando vejo pessoas reclamando de pessoas de muita iniciativa e pouca acabativa, vejo também elas aclamando pessoas que fazem o seu trabalho, entregam e “não perdem tempo” com o que está fora das atividades de dia a dia delas. Tipo, execute a sua rotina, faça trabalho manual e repetitivo, faça horas extras se for necessário e seja uma pessoa “feliz no trabalho”. Basicamente, estas pessoas provavelmente são pessoas de criação presas em trabalhos de rotina. Não vejo possibilidade de felicidade. 🙂
Falta… tempo? Não. Falta iniciativa. Falta começar. Falta dar o primeiro passo. Ninguém está dizendo que a pessoa vai precisar aumentar a carga horária de trabalho nem nada do tipo. Estamos falando sobre entender mais de uma determinada realidade. Por vezes algumas conversas para transformar uma ideia em um potencial projeto. Com algum tipo de objetivo. Com algum tipo de indicador que ajude a mostrar a necessidade de atenção. Para fazer isso, precisa de iniciativa.
Iniciativa significa que alguém propõe ou faz o primeiro passo de algo. Se alguém pediu, não é iniciativa. Iniciativa parte de você. Se existe algo de bom criado no mundo hoje, é porque alguém de iniciativa encontrou alguém bom de execução.
— Daniel Wildt
Eu tinha um monte de coisas mais pra falar, mas esse parágrafo acima disse tudo o que precisava dizer. Pare de se culpar por você não ter algum tipo de habilidade super desenvolvida. Busque alguém que complemente as suas habilidades. E se você entende que precisa desenvolver alguma habilidade, não se culpe… se responsabilize.
— Daniel Wildt
Extra: Sobre o Seth Godin, o material é o livro Poke the box. Se você tem tempo, sugiro as leituras diárias do Seth Godin. Prefere uma entrevista? Sugiro essa conversa com o Tim Ferriss falando sobre prática.
Você pode apoiar a minha jornada de conteúdo através do projeto A Filosofia da Tranquilidade! Venha conhecer mais a minha iniciativa!
2 pensamentos sobre “Seja uma pessoa de mais “acabativa” do que de iniciativa! Será? E quem inicia? Quem cria?”