Uma das coisas mais difíceis para mim é sair do piloto automático. Ele aparece de várias formas e hoje lembrei de algumas na minha reflexão:

• Não responder perguntas tentando criar um caso. Quando vejo estou respondendo. É muito difícil me segurar e notar que a pessoa está só querendo criar um clima. Eu começo a sacar quando as respostas vem gereralizando ou trazendo elementos que não foram colocados de forma explícita, tipo a pessoa criando palavras. É cilada!
  
• Adicionar um hábito alimentar no dia a dia. Impressionante como eu “esqueço” de me alimentar. Para este tipo de problema eu tenho o pelo menos, além do meu momento de journal (escrevendo ou perguntas mentais) que me ajudam a entender o momento atual. Celebrar ao mesmo tempo que reforço a importância de seguir buscando.
  
• Conseguir não fazer nada um dia todo. Toda hora fico pensando em fazer algo, ligado com trabalho, ou exercício físico ou com assuntos que fico curioso / quero aprender. Hoje consigo ter algumas restrições que me ajudam um pouco. Local de foco de trabalho não colado na casa, bateria do notebook com pouca autonomia. O pelo menos também me ajuda. Ajuda quando preciso organizar metas, mas neste sentido acabo usando o pelo menos no sentido de que na semana eu preciso pelo menos ficar um dia sem fazer nada de exercício. Sei que este já foi o meu normal, não fazer nenhum exercício em nenhum dia da semana, e bate um medo de “aceitar” o sedentarismo, mas preciso me lembrar que as dores só vão aumentar se eu não cuidar de mim pro longo prazo. E isso envolve manter tudo o que eu faço sustentável.

Um dos maiores desafios na construção de um sistema é criar formas de não nos deixarmos cair no piloto automático. O grande jogo é conseguir criar momentos para explicitarmos o que estamos fazendo e o que fizemos durante o dia. Assim conseguimos trazer mais consciência para o nosso dia a dia.

— Daniel Wildt