Eu acho que repito algumas histórias para aprender mais sobre elas. Por vezes trago um certo humor para brincar com a situação, mas no fim estou sempre achando onde tem algum aprendizado nestas situações.
Sobre o meu processo de montar cursos, sempre tive dificuldade de organizar ementas que outras pessoas pudessem executar. Os conceitos podem ser compartilhados, mas as histórias que uso para demonstrar os conceitos são minhas. Se eu assumo uma ementa de curso, adiciono dentro da mesma minhas histórias e situações. Sempre considerei que contar histórias eram diferenciais dentro deste processo, já que vejo que o aprendizado baseado em casos e problemas algo muito potente.
Em dado momento fui questionado sobre trazer a minha opinião para os cursos, ao invés de simplesmente ensinar o que os livros dizem. Qual deveria ser a abordagem?
Por um tempo fiquei procurando a resposta do mundo todo ao invés de pensar na minha resposta. Como eu me relaciono com o conteúdo e com aprendizado? Descubro por reflexões e feedbacks que as pessoas me procuram para ter aula comigo, pelos tipos de assuntos que trabalho, e depois sobre o assunto em questão. Isso falo do Daniel Wildt, não falo das empresas que estão ligadas a mim. Quando vou montar um processo olhando para longo prazo e empresas, preciso balancear este processo de contar histórias e entregar conteúdo mais comum que possa ser replicado por outras pessoas, que possuem as suas histórias para contar (normalmente estes slides mudam — ou se você gostar de contar histórias, pode contar histórias de outra pessoa).
E aqui uma dica de posicionamento para quem estiver organizando conteúdo e serviços de treinamento. Se você procura escala, trabalhe ementas que possam ser executadas por outras pessoas. Ou até mesmo algo que possa ser gravado e executado sob demanda. Se você tem um pensamento mais artesanal, esse funcionamento mais personalizado pode funcionar. Ou até poder balancear, ter conteúdo gravado e usar o tempo presente para ações de perguntas e respostas e outras dinâmicas que podem ser aplicadas com quem estiver participando. No fim, é entender como vamos gerar valor e ajudar quem está conosco.
No fim, estamos sempre documentando nossas histórias.
Para reflexão: qual é a sua forma atual de contar e documentar histórias? Se você não tem ainda uma estrutura, talvez o primeiro passo seja escrever sobre o que você pensa a respeito.
— Daniel Wildt
Um pensamento sobre “Eu e minhas histórias documentadas”