Círculo como gerador de fluxo em conversas.

Me lembro que em dado momento da minha vida eu estava aprendendo uma série de práticas para condução de grupos. Quebra gelos, práticas de coleta, organização de quadros, visualização, formas de organizar listas e planilhas de tarefas.

Junto com isso eu também estava fazendo uma formação em programação neurolinguística, também aprendendo um monte de técnicas e formas de organizar, de aplicar as técnicas.

Aí em dado momento, passei a entender que depois que eu tinha clareza do estado presente e da pergunta / desafio, o restante era fácil.

Como chegar nesta pergunta?

Em um dado momento passei a conhecer o “art of hosting“, arte de anfitriar, arte de condução, arte suave de movimentar pessoas e criar conversas com significado.

Quando comecei a entender isso, passei a dar atenção maior para dois momentos destes encontros, os de preparação e de fechamento. A preparação pode estar relacionada ao chamado. Quem vai participar e porque vai participar?

O fechamento também tem uma relação de continuidade, sobre o que pode acontecer depois deste momento de trabalho e presença.

O ponto é que o círculo passou a ser o meu alvo. Como apoiar uma conversa, uma roda, onde as pessoas podem trazer o que está sendo incômodo, e outras pessoas tem a capacidade de escutar.

A condução de espaços de escuta, espaços de troca. A condução de espaços onde o conhecimento emerge e é construído.

Eu olhava para as práticas como sendo o processo e criadora das necessidade. E não. A necessidade está dentro do círculo. Você precisa ter opções dentro do seu jeito de operar para poder conduzir uma conversa para o melhor local que ela pode ir. As ferramentas vem para acompanhar e apoiar este espaço a ser sustentado por 30-90 minutos ou mais.

Uma conversa pode gerar registros, uma colheita ou um documento. Pode gerar perguntas, pode gerar espaço para próximas conversas.

Eu estudo e pratico mais e mais para poder conduzir espaços com a menor quantidade de recursos extras possível. Que as pessoas possam estar e se perceber em um ambiente seguro para conversar e trocar ideias.

Dependendo do ambiente, uma fala inicial pode servir como o setup. Dependendo do grupo e do que vai acontecer no dia você pode querer ouvir um pouco das pessoas (cuidado aqui com o tempo e quantidade de pessoas presentes) e sobre como elas estão chegando. O mesmo acontece no processo de saída. Também, você pode terminar com alguma reflexão para deixar o dia seguir, ou pode pedir a participação das pessoas, indicando uma palavra, um sentimento, as opções são inúmeras.

O que quer que aconteça, não perca a atenção do principal, que é o círculo. Ele é mais virtual e mental do que realmente uma necessidade. Isso porque uma conversa pode estar acontecendo online, com pessoas em continentes diferentes, e ainda assim você consegue operar como se fosse um círculo, com escuta, acolhimento e silêncio disponível.

— Daniel Wildt

2 pensamentos sobre “Círculo como gerador de fluxo em conversas.

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