Apesar de se “buscar um equilíbrio”, o fato é que sempre estamos dando mais atenção para uma determinada área da nossa vida. Então na prática nunca estamos em equilíbrio. E isto não é um problema. O importante é termos os momentos para refletir a respeito disto. Queremos seguir dando atenção para a área X ou queremos partir para dar mais atenção para a área Y?
O primeiro ponto pode ser entender o quanto estamos dando de atenção para a nossa vida, para as pessoas que são importantes e para as ações que consideramos importantes, comparando com o quanto de atenção estamos dando para as nossas atividades profissionais.
Vivemos para trabalhar ou trabalhamos para viver? O quanto de trabalho precisamos ter na nossa vida para sermos realizados? Já tive momentos em que trabalhava médias de 60-80 horas por semana. Já tive momentos em que competia com o meu colega de trabalho para saber quem fazia mais horas no mês. Meu recorde foram um total de 243 horas, e não fico feliz de lembrar disto. E certamente você conhece alguém que já bateu meu recorde. Não fique feliz.
Este número só significa que eu trabalhei média de 60 horas por semana, envolvendo sábados e domingos. Aquele domingo pela manhã, que as pessoas vão para parques encontrar amigos, eu estava trabalhando. Naquele almoço com a família de sábado, eu estava trabalhando. No de domingo também.
Balancear trabalho e vida pode funcionar da seguinte forma. Podemos trabalhar e ver o quanto de vida podemos colocar no nosso dia a dia. Ou podemos ver o que temos interesse em fazer, e ver como o nosso trabalho funciona nestes casos. Pode acontecer de termos que buscar um trabalho que seja compatível com os nossos interesses. E pode acontecer de tudo funcionar sem precisarmos mudar nada ou pequenas coisas. O ponto aqui é conseguir parar e estabelecer estes interesses que temos. De coisas que queremos fazer.
Tudo isso ajuda a definir o nosso estilo de vida. E também ajuda a entender um ritmo de funcionamento para as nossas equipes de trabalho.
Temos a chance de atuar de forma proposital na condução da nossa qualidade de vida. E na atuação com as nossas equipes. Quais os pontos de contato? Quais os números que ajudam a determinar se está tudo indo de acordo ou quando precisamos melhorar? Qual é o nosso momento de sair do piloto automático e garantir que estamos evoluindo?
— Daniel Wildt
P.S.: este texto faz parte do Viva Seu Tempo.
P.S.2: sabia que você pode apoiar o meu trabalho?
Um pensamento sobre “Ritmo sustentável ou… entendendo o worklife balance!”