Não sei você, mas eu fiquei tonto só de ler o título… e olha que em matéria de ficar tonto eu sou bom.

O título veio de um pensamento, de como acabamos encarando o tempo e o nosso dia a dia.

Agora, neste momento. Você se sente acelerado? Você está lendo este texto, mas realmente, você deveria estar fazendo alguma outra coisa? Está pensando agora naquele assunto do trabalho, que precisa dar atenção hoje ainda, ou amanhã sem falta?

E sua respiração está acelerada? Não vou pedir calma, porque um pedido destes não ajuda em nada. Farei diferente. Vou pedir que você note que está respirando. E como está respirando. E pra que tudo isto?

Consciência

Eu comecei a notar que muitas vezes acelerava o meu dia sem notar. E me coloco em uma posição de perceber. Abrir o nosso campo de percepção e tornar consciente o que estamos fazendo e o que estamos sentindo enquanto estamos fazendo o que fazemos.

Dia desses eu estava “correndo mentalmente”. Estava sentado na frente do computador. Respiração acelerada. Eu tinha que entregar algo porque… puxa, eu não sabia porque estava correndo. Só sabia que queria entregar logo aquilo. Aí comecei a pensar porque eu estava correndo e notei que queria fazer algo diferente. Estava correndo para poder fazer o que eu queria fazer e que era importante para o meu dia.

Só que aquele assunto que eu estava dando atenção, não era urgente. Eu poderia dar atenção mais tarde. Estava trabalhando por estar sendo cobrado diariamente, mas era uma cobrança por antecipação e não por fazer acontecer.

Quantas vezes isto acontece com você? Quantas vezes no dia você para e realmente prioriza o que realmente precisa fazer no seu dia? Ou você deixa as prioridades surgirem por quem está cobrando mais?

Balanço de vida e trabalho

Muitas pessoas colocam a culpa de não ter tempo de fazer as coisas que querem fazer em função do balanço entre vida e trabalho. O fato é que não existe um balanço entre vida e trabalho do tipo 50%/50%. E não é só vida e trabalho. Eu trabalho e sou feliz no que faço. Meu trabalho não pode fazer parte da minha vida?

Então vejo que a pergunta é diferente. Para mim é um “life context balance“. Eu vivo diferentes contextos na minha vida. Sou pai, empresário, participante de alguns times, voluntário, esportista, escritor, leitor, desenvolvedor de software e por aí vai. Como eu divido o tempo que tenho entre fazer as coisas que quero fazer, me alimentar e dormir de forma consistente? Como eu continuo estudando e melhorando nas áreas que fazem sentido na minha vida? Como eu mudo as áreas de interesse?

Quer pensar? Já que estamos falando em comida, pensa na sua vida como uma pizza. E de toda esta pizza, qual o tamanho dos pedaços que você dedica para cada contexto?

Sua vida dá voltas ou vai e volta?

Eu vivo em uma zona de conforto. Centrado. E sempre estou buscando formas de fazer melhor e mais do que eu faço. Quero ter melhores resultados. Então eu saio da minha zona de conforto? Não. Quero ter mais conforto, e para isto que faço as mudanças. Para ser mais efetivo. Meus movimentos acontecem indo de um lado para outro, testando novas abordagens e trazendo de volta pro centro aquilo que faz mais sentido. Todos os meus movimentos tem objetivo, baseado nas causas que fazem sentido neste momento para o estilo de vida que vivo e quero viver. Neste caso eu falo que a minha vida vai e volta. Vai em busca de algo novo, e volta sempre com aprendizado, mesmo nos momentos de falha. Cada busca funciona como um experimento.

Agora, conheço pessoas que funcionam com a vida em ciclos, dando voltas. E qual o problema? O problema acontece quando negamos o aprendizado e não percebemos o que acontece em volta. Quando fazemos muitas coisas e voltamos ao mesmo ponto de partida com os mesmos problemas e colocando a culpa da falta da mudança ao que aparece em nossa volta. Vivendo em ciclos e sempre voltando ao mesmo ponto de partida. E o que fazer então? Queremos novos pontos de partida.

Qual vai ser o seu próximo?

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