De algo ficar igual como era antes.
Tenho voltado a fazer palestras e aulas, em modelo presencial. Participar de eventos 9-10h de viagem da minha casa. Percorrendo quilômetros e boas horas em ônibus. Mais tempo em silêncio. Mais tempo em reflexão. Ouvindo playlists offline, sinal de internet fraco ou inexistente.
Eu faço isso desde que ter internet já era algo não muito comum mesmo. Em um dado momento, era intenso, além da conta, quase que em modo de piloto automático. Eu não me lembro de certos anos em que fazia estas viagens. Tem foto que me mostram em eventos que eu não lembro que estive. Não lembro da viagem, do hotel, nada.
Não quero que seja assim. Quero poder ter limites e cuidados com o meu tempo e com os projetos que preciso priorizar.
Estou aprendendo a ser, em um modo mais intenso. Aprendendo a entender o que faz sentido pra minha arte. Entender o que significa seguir em frente, cuidando do que importa pra minha vida.
E onde esse se importar nada tem a ver com atividades de trabalho nem com meus projetos pessoais. Envolve cuidar de um conjunto de pessoas e priorizar a minha vida para que eu possa ter tempo disponível para cuidar destas pessoas. E estar perto delas. Eu não sei quanto tempo de vida eu tenho. Essa informação não veio na certidão de nascimento. Memento Mori, sempre me lembro.
Eu nem quero mais saber do que pode dar certo. Eventualmente vai dar certo. Talvez olhando para trás descubra uma grande vitória. Nem toda vitória tem medalha, nem troféu. As melhores talvez tenham apenas um sentimento de presença e de cuidado.
Quero poder estar em movimento, conectando com quem faz sentido e ensinando tudo o que já tenho de prática, ao tempo que sigo praticando e aprendendo com meus projetos e equipes.
— Daniel Wildt
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