Toda segunda-feira eu consigo, hoje, me perguntar se quero seguir fazendo o que eu faço.

Começa na minha reflexão semanal, já no domingo, quando estou refletindo sobre a semana e sobre os principais objetivos e compromissos, mas nada substitui o acordar na segunda-feira e encarar o dia de verdade.

Durante um bom tempo da minha vida eu acordei na segunda-feira para ir jogar tênis. Acho que foi uma estratégia para não pensar na segunda-feira e só começar o dia. Não pense, corra que você vai chegar atrasado pro treino das 7h. E não morra, por favor. Depois, siga no piloto automático.

Entendo que estes momentos tipo “toda segunda-feira” deveriam ser estratégias primárias para sermos obrigados a olhar e cuidar do nosso tempo e da nossa vida. E do que estamos dando atenção e tempo.

Por vezes, vamos seguir fazendo o que eventualmente não queremos, seja por pressão financeira ou algum outro motivo, exemplo alguma questão que não conseguimos “mudar” no momento. Agora, invariavelmente, a consciência está ali. Não conseguimos deixar de ver.

O que pode ser bom, ou ruim. Por vezes dá vontade de estar alienado.

— Daniel Wildt

P.S.: desse lance do piloto automático, me lembrou de uma newsletter, onde lembro de um texto que escrevi em 2018 mas só fui ler em 2020.

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