Meu dia é tomado por distrações. Para conseguir realizar o que me proponho, tem dias que preciso fazer mais horas do que gostaria.

E não falo nem de fazer horas extras. É tempo mal priorizado.

E tem dias onde mesmo que eu tente fazer mais horas, não tenho energia nem presença para isso. A disposição é detonada em assuntos sem real importância, mas que por algum motivo me geram gatilhos e drenam energia.

E assim problemas em teoria importantes para mim precisam ficar para outro dia.

O problema?

O que deixo para depois normalmente impacta somente uma pessoa: eu.

Uma vez eu conseguia ficar longe de redes sociais ou consumindo a feed do algoritmo.

Uma vez também fiquei um bom tempo sem alimentar os algoritmos, sem likes ou coisas do tipo.

Por vezes conseguia ficar fora de assuntos de trabalho que só servem para tirar foco do que realmente importa. Demandas de poucas pessoas para tratar dúvidas que não ajudam em nenhum indicador a não ser o excesso de controle e micro gestão.

E do processo de eliminação de coisas para criar tempo? De tempos em tempos faço revisões sobre o uso do meu tempo para poder ter tempo livre disponível em projetos que hoje não consigo dar atenção como gostaria.

Estou neste ponto.

Evitar distrações talvez seja o maior desafio no nosso mundo conectado com excesso de informações e interrupções.

E pelo visto eu estava deixando distrações cuidarem de mim, quando eu deveria ter consciência do meu tempo.

Estamos de volta.

Parece.

— Daniel Wildt

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