Se pensa em redução brusca de algo, mas o colapso vai acontecendo, sem chamar atenção. E chega em um ponto onde não dá para retornar mais ao estado original.

Muitos jogos operam no modelo do colapso. E o jogo termina, alguém ganha, mas o jogo da vida continua do lado de fora. Até quando vai poder ser assim?

Um jogo tipo banco imobiliário aparece por vezes nas redes. Jogava na infância. Só que eu entendi uma coisa que eu não entendia. O jogo termina quando as pessoas jogando não conseguem mais jogar. Acabam seus recursos financeiros.

Quem sobra, ganha o jogo, mas se seguisse jogando sozinha, provavelmente em algum momento o próprio dinheiro acumulado iria terminar.

Jogos de exploração usam egossistemas. E uma hora o jogo termina para todas pessoas jogando.

Jogos infinitos devem fugir de colapsos. Os jogos infinitos precisam de sustentabilidade do sistema. Precisa de um ecossistema ativo e cuidadoso para funcionar.

Quem só funciona na exploração, não se preocupa com a finitude ou não de jogos, seja por privilégios acumulados e provavelmente por terem outros jogos para seguir explorando, acabando com as possibilidades de existência uma a uma.

Que sejamos mais sustentáveis.
No máximo que seja possível, conforme nossa condição atual.

— Daniel Wildt

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