Amor que é norte

A parentalidade é um processo educacional que começou comigo em 2008 e me ensina diariamente. A parentalidade desbloqueia uma visão sobre cuidado e amor que eu não sabia que era possível existir.

Eu não cuido por precisar. Cuido por essência. Brigo por acreditar em melhores movimentos e momentos. Abro os braços para o acaso de um abraço, que de vez em quando vem. Me deixo disponível.

Parentalidade é pertencimento. Quem tenta se encaixar nesse papel sofre e não consegue sobreviver. Pede pra sair e terceiriza a responsabilidade que um adulto funcional deveria ter. Os abandonos são diversos e presentes na nossa sociedade. Olha pro lado e uma história vai aparecer.

Envolve limites, envolve também ter consciência que a falha é a única certeza.
A possibilidade de aprender, um alento.

E o que acho mais interessante, que levo pra vida. Nunca ninguém vai te falar que você está fazendo um bom trabalho. E você aprende que não precisa de validação, pois é uma questão de responsabilidade e não de premiação.

Essa construção molda um tipo de amor que é um norte para o que construo, e para limites que estabeleço na minha vida. Muda a prioridade. Fica fácil decidir e fica fácil negociar.

E se eu aconselho as pessoas a entrarem nesse mundo da parentalidade? Não. Não aconselho. É uma escolha pessoal.

— Daniel Wildt

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