Estava ouvindo uma conversa sobre café e sobre o nosso consumo. Hoje a gente faz graça de quem quer tomar um café dito especial, quando na verdade deveria ser o café normal.
O café que a gente toma é resultado de um processo de exploração.
Até o café deixou o nosso povo.
O melhor ficou para fora daqui (do Brasil).
Tipo exportação? A gente se perdeu.
Herdar
Herança colonial
de racismo e exploração
Até o café
deixou nosso povo
O que era para ser
nosso diferencial
Não compete ao natural
e complementa a distância
Social era pra representar
a nossa especialidade
De toda pessoa brasileira
Não só do café
A herança é sutil
prêmio consolação
Além das fronteiras
Quem somos agora?
— Daniel Wildt
P.S.: Esse poema faz parte do Diz uma Palavra. Você pode contribuir com a minha arte adquirindo o livro e acompanhando meu processo de escrita. Estou no momento desta postagem no poema de número 40. O livro vai até chegar no poema 100.
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