Que mundo é esse em que a gente se perdeu na relação com as nossas memórias e lembranças com uma super exposição?

O importante é postar ou viver?

Quando assistimos um show, o importante é assistir o show ou filmar o show? Ok, eu me emociono quando toca uma música que gosto muito. Já gravei música inteira (e até partes de shows). Ao longo da vida, fui reduzindo o tempo de gravação. Tenho deixado as gravações menores, para ter lembranças daqui alguns anos. Por vezes mando pra alguma amizade que curte tal música ou banda.

A comunicação tem ficado mais seletiva e menos “broadcast“?

Estamos longe disso. Estamos nos transformando em pessoas em busca de viralizar conteúdos? Querendo emplacar. Fama? A maioria não vai saber o que fazer caso aconteça! Ainda é tempo de cuidarmos do que importa.

Vejo me transformando. Cada vez mais gerando memórias com as amizades e pessoas que considero relevante para minha história. E eventualmente fazendo uma foto. As conexões e as comunicações com elas vai ser o relevante, cada vez mais. Pelo menos por aqui. Menos posts, mais mensagens diretas.

Cuidados que tenho tido? Like não é comunicação. É um sinal, mas não considero uma comunicação efetiva. Nem afetiva. Posts compartilhados funcionam como um “lembrei de você”, mas lembre de falar e conversar mais com as pessoas importantes para você. E aos poucos, preciso encontrar tempo físico e presencial para estar com pessoas. Para amizades que moram longe, encontrar eventos que permitam aproximação e formas de diminuir a saudade.

E uma consciência sobre a importância da conexão física e real, tirando a subjetividade das redes sociais e comunicações não simultâneas.

Se o seu caminho é conteúdo, lembre que documentar é mais importante que criar. E achar o seu ritmo sobre a quantidade de conteúdo a ser publicado é essencial para conseguir viver e focar no que importa da sua arte.

— Daniel Wildt

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