Lembra?

É importante o que eu lembrarei do meu mundo?
Ou como as pessoas que me amam lembram de mim?
E se eu nada mais lembrar? Nem do que eu amo.

O cheiro do pão, do futebol com bola de meia, na espera do bolo sol e do pão quentinho. Sempre esperava tu me servir novamente, sem nem me perguntar se eu ainda estava com fome.

Talvez não lembre um dia, mas eu sei que senti. Em todo tempo brincando com os cachorros, até quando dava um pouco de medo. A espera dos pães, mais ainda dos cheiros. Momento calmo nos domingos distantes ouvindo tua voz, pois era o que dava. Outro dia passei na frente da casa antiga e lembrei quando tudo era terra. Vez que outra tenho saudade de te olhar cuidando da horta. Olhar só mesmo, pois eu queria que terminasse logo pra gente poder brincar. Cada vez que ficava contigo era diversão, invenções das tardes na casa de madeira. Até quando a vida era incerta, a calma de um banho me mostrava que estava sempre em casa. Trem bão, falei certa vez, com os sotaques ainda brigando para tentar entender que língua iria se manter no final. Infelizmente não consigo ouvir essas histórias e nem quero te confundir mais ainda. Tempo que fica pra gente te celebrar. Amor é presente e é do jeito que der, e assim vamos até o fim.

Cada palavra carrega histórias e significados. Muitas histórias eu nem lembrarei, mas talvez alguém vai saber contar. E também, se eu esquecer, talvez esteja escrita aqui, nos meus códigos.

— Daniel Wildt

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