Simplificar parece significar algo “de qualquer jeito”, mas é exatamente o oposto. Para ser capaz de simplificar, é preciso de muita técnica e experiência.

E claro, a motivação para simplificar. Eu acabo buscando sempre o simplificar por uma restrição que meio que coloco em todos projetos que participo. Quero (1) buscar validação no mundo real e (2) atravessar o sistema, para aprender sobre complexidades.

E penso em outras motivações:

• Urgência de negócio: a demanda de clientes ou da necessidade presente nos pede para simplificar algo, que nos permita entregar antes o que é necessário. A urgência pode nos ajudar a entender prioridade e eventualmente tomar decisões sobre o que precisa ser feito agora, e sobre o que precisa ser entregue para os clientes existentes.
• Disponibilidade de tempo: se estivermos trabalhando no sistema para a Copa do Mundo, não faz sentido terminarmos o sistema depois de 1 semana de evento. Eu já vi isso acontecendo, não faz muito tempo. Em determinados momentos, o tempo sendo fixado, precisamos negociar sobre escopo, para podermos realizar a entrega dentro da disponibilidade existente.
• Recursos financeiros: Podemos gastar o tempo que quisermos mas existe uma restrição financeira. E dado que as pessoas trabalhando precisam receber valores financeiros pelo seu trabalho, essa relação de tempo x esforço vai estar sempre presente. Se você precisa de uma pessoa da equipe disponível por seis meses, mas existe uma restrição financeira, provavelmente a pessoa vai precisar reduzir a carga horária mensal para ter o tempo adequado e alguma disponibilidade de esforço para ser usada dentro do projeto. Essa restrição pode causar alguém que inicialmente atuaria em operação, para simplificar sua participação e atuar de forma mais tática, ajudando a direcionar os esforços da equipe.

Cada uma destas motivações, que eu poderia falar como restrições, nos indicam algo que nos impede, em parte, de fazer. E nos pede uma ação de resolução.

— Daniel Wildt

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