Ah… falta maturidade. Falta experiência, ouvi esses dias.

Maturidade é uma escolha ou resultado de prática?
Ou é simplesmente uma atitude?

Tem gente que “não mudou nada” na vida e passou a operar diferente. Tinha tudo para dar errado e fez certo. Ao mesmo tempo, conheço pessoas que tinham tudo para dar certo e fazem questão de jogar contra o que existir na sua frente.

Eu trato maturidade como uma questão de atitude. Em muitas situações eu não tinha idade nem experiência para viver, mas por algum meio eu “passei” pelas situações. Sobrevivi? O que já tinha até ali que me ajudou a atravessar o problema? Aqui acredito em princípios e valores que fui construindo na minha vida e entendo que muito cedo a gente constrói esta estrutura.

Não tem relação com persistir. E naquele momento acho que nem o medo de falhar… por algum motivo, quando estamos de verdade dentro de um problema, não existe esse julgamento.

Agora tem um ponto. Se você escuta um não em algum projeto, e segue em frente, dizendo que é persistente tipo Rocky Balboa, precisa ter consciência sobre o que está fazendo. Essa persistência é algo que impacta outras pessoas ou somente a sua prática? Seja ecológico, não impacte outras pessoas de forma negativa. Se impacta somente você, menos pior, mas ainda diria para refletir. Afinal… é persistir ou insistir?

Se você atua apoiando outras pessoas, um lembrete:

Não adianta querer ser persistente na insistência das pessoas em não querer avançar ou seguir. Pessoas por aí dizem que não conseguem dizer não, e acabam atuando em projetos por influência externa, mas veja só… elas conseguem diariamente dizer não pra elas mesmas.

Daniel Wildt

Eu me considero bastante responsável com o que eu faço e hoje em dia virou quase um mantra, onde eu busco esse comportamento. Se vou fazer, vou fazer DE propósito.

Eu sei exatamente momentos em que desisti, não sendo maduro. Para estas situações, dependendo do que estamos falando, está tudo certo, pois posso voltar mais tarde quando fizer sentido. Em terapia consigo voltar nestes assuntos e refletir sobre como hoje eu funciono diferente e o que venho tomando consciência, aprendendo.

Só que eu também vivo situações onde SEI que deveria desistir, e não faço. O problema maior mora aqui, na minha percepção.

Imaturidade?
Medo de mudança?

Estas opções que eu coloco na real são grandes suposições. Podem ter outras várias opções de explicação da minha “não mudança”.

Diariamente vou aprendendo e explorando as ideias e caminhando em direção ao problema, trazendo pensamento criativo, experimentos e cuidando da minha prática.

Seguirei aqui. E quando você descobrir algo aí, me avisa?

— Daniel Wildt

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