Bom?

Já está bom? Para aí! Quando? Onde? E a perfeição onde fica?

Quando falo sobre como os critérios de aceite nos ajudam a fazer somente o necessário, estamos buscando esse “bom”. Em algumas literaturas e também em discursos de coaches de alta performance… existe essa coisa de entregar além do que o cliente pediu. Entregar mais. Do inglês “overdelivery“. 😛

A minha dificuldade com isso vem em conexão com a disciplina de ter o “cliente presente”. Se queremos os clientes próximos do nosso trabalho, atuando em atividades de validação e priorizando junto… por qual motivo a gente iria querer esconder o que estamos fazendo? Para surpreender? Se cliente está junto na priorização, como eu posso tomar uma decisão sem a participação de clientes?

Ainda me lembro de um treinamento que fiz com Jeff Sutherland, onde questionado qual a melhor métrica para poder controlar entregas ou poder entregar melhor, Jeff responde de forma simples: “entregue antes”.

Querer a perfeição também é algo que aparece quando estudamos sobre pensamento lean. Perfeição é algo que buscamos, mas nunca alcançaremos. E o que eu gosto de lembrar sobre pensamento lean é lembrar sobre o último momento responsável para tomar decisões. Deveríamos postergar ao máximo uma tomada de decisão. Com isso, abrimos oportunidades e opções. E assim que uma decisão for tomada, precisamos transformar em ação e realizar o que precisa ser feito. Eliminar ao máximo esperas entre o tomar decisão e o executar.

Outro momento de discussão sobre o bom, a perfeição e o fazer, aconteceu faz uns 8 anos, assistindo um documentário chamado Print The Legend, que fala sobre impressoras 3D… ali conheci sobre Bre Pettis e o culto ao “Done Manifesto”. Faça! Existem três estados de “ser”, que envolvem o “não saber”, o “estar em ação” e o “completar”. O manifesto é uma série de frases sobre o fazer e sobre como podemos nos colocar em modo de ação.

Não me entenda mal. Eu adoro estar em modo descoberta. Pesquisar, entrevistar, aprender sobre contextos e explorar possibilidades. Só que tudo está nos habilitando a poder chegar, assim que possível, no mundo real, para seguirmos aprendendo, fazendo perguntas e tendo progresso.

Quando temos a oportunidade de ter feedbacks sobre o que está sendo realizado e construído, passamos a poder andar em velocidades mais altas, por sabermos que agora temos a oportunidade de iterar e interagir com quem está vivendo uma resolução de problema com a solução que estamos entregando.

Resumindo… faça!

— Daniel Wildt

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