Talvez a estrutura mais simples e poderosa que eu já tive chance de conhecer e aplicar.

Em um trabalho em progresso, saber como classificar cada informação que estamos lidando é essencial.

Quando “a chefia” diz que algo precisa acontecer por querer do jeito tal e ter certeza que quer do jeito que quer, ainda assim estamos tratando de uma suposição… suposição pois esta pessoa está trazendo como quer e indicando o resultado que ela entende que será gerado.

Mas somente ela tem essa visão de resultado. O mundo não está sabendo dessa visão e esta conexão só vai ser testada quando a realidade estiver presente.

Logo, quanto antes pudermos colocar a nossa visão de mundo em conexão com a realidade, melhor poderemos atuar nos riscos do dia a dia e entender melhor o que não sabemos.

Se temos Certeza, temos dados, temos experiências anteriores, temos resultados que podem ser declarados e entendidos e contextualizados. Isso porque o que é certeza em um lugar não necessariamente vai ser certeza em outro. Exemplo Starbucks no Brasil (2023).

Quando falamos em Suposições, estamos encerando uma determinada afirmação como sendo parte da realidade do mundo, e tratamos assim pois sabemos que talvez a gente precise mudar. A gente acredita que seja de uma determinada forma, e portanto seguiremos em frente acreditando nisso. Quando passarmos a ter dados e realidade, poderemos indicar que temos uma certeza, ou teremos a chance antecipada de mudança, pois estamos monitorando este processo.

Quando falamos em Dúvidas, é a declaração de que não sabemos, de que precisamos desenvolver perguntas e as respostas para elas, de que sabemos que não temos controle sobre determinado assunto e precisamos pesquisar e explorar mais da nossa capacidade.

Ter visão do presente, usar estas palavras para nos guiar em projetos, como metáforas, pode ajudar equipes a terem mais conexão do percurso que estão percorrendo.

Compartilhar o que não sabemos é tão potente quanto compartilhar o que temos certeza. O que não sabemos é desafio, é oportunidade de usar a inteligência da equipe, através de perguntas, provas de conceito, experimentações.

O nosso trabalho em projetos envolve em projetar e mitigar riscos de forma contínua, riscos técnicos e de negócio. O modelo de negócio precisa ser posto a prova também, o product market fit precisa ser encontrado e por vezes é de um risco muito maior do que qualquer risco técnico que alguma equipe possa enfrentar ao posicionar um produto no mercado.

No fim do dia, poder ter clareza de que não temos controle é libertador, mas talvez um dos maiores desafios da vida. A partir disso, temos uma série de ferramentas que nos ajudam a caminhar neste processo de complexidade.

Que esta ferramenta possa ajudar você nos desafios do dia a dia.

Na dúvida, tudo é uma dúvida esperando perguntas para ser explorada.

— Daniel Wildt

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