Começando pelo final, a gente deveria fornecer feedbacks para alguém baseado em eventos que estão acontecendo e não por ser quinta-feira 15h.
Pessoas por aí possuem reuniões fixas e acabam por vezes preenchendo checklists ao invés de causar alguma mudança efetiva, com pessoas que temos a chance de apoiar e aprender.
Um tempo fixo para conversar pode ser útil quando pessoas acabam ficando muito tempo sem comunicação síncrona. E pode funcionar para até tratar de assuntos mais aleatórios. Ventilar, como eu já tive em combinações com quem trabalhei.
Os assuntos para conversar podem estar relacionados ao complexo ou ao que existe de rotina no trabalho realizado.
O outro lado também existe. A falta de assunto para conversar pode estar justamente na não exposição da pessoa para responsabilidades. Você já deve ter ouvido a frase do mundo do futebol, “quem não bate penalti nunca erra“. Sempre vale questionar o respeito e a responsabilidade que devemos ter com o nosso dia a dia.
Nesta relação e mantendo os exemplos esportivos, lembrei de outro exemplo, de um jogador de basquete. Ele quase nunca estava sendo relacionado em jogos, e chegou em um ponto onde o jogador nem colocou a bermuda da equipe. No meio do jogo o treinador resolveu chamar o jogador, que estava com uma bermuda de treino. Eu nem me lembro do desfecho, mas o evento me chamou atenção. Quando a oportunidade chegar, você está presente?
Algumas situações na vida são circunstanciais, outras são válidas para documentar e tratar. E o que é documentado pode aparecer a partir de um evento de celebração ou eventos que queremos “esquecer”, mas ainda não. Poder conversar sobre o que aconteceu nos permite entender se algo precisa ser modificado ou se algo precisa se tornar repetível. Será que precisamos criar algum novo processo ou adicionar alguma ferramenta? Será que precisamos criar um projeto a partir de uma situação identificada? Apenas não se demore para fazer estas reflexões acontecerem. Não deixe o assunto esfriar, ao mesmo tempo que queremos deixar um tempo para as pessoas poderem ter sua reflexão individual sobre o acontecido.
Qualquer que seja a sua motivação para uma conversa, lembra de perceber (1) como você está se sentindo para a conversa, (2) como a pessoa está se sentindo para a conversa, (3) que assuntos são importantes trazer para a conversa e (4) se existir um assunto com a necessidade de escuta, valide isso no processo.
Para não esquecer… é importante não fazer estas conversas mixando um ponto positivo entre negativos. É importante quando você trouxer uma situação, poder explicar a situação, o comportamento e o impacto causado, seja ele positivo ou negativo. E quando você quer trazer algum pedido, explicite o pedido e seu interesse.
Isso quer dizer que você nunca vai vomitar um feedback em alguma pessoa? Você vai. Em algum momento você vai. E por isso é importante sentir e saber que a outra pessoa também está por ali para sentir com você. A escuta existe quando humanidade existe. Qualquer coisa diferente disso, é uma agressão. E cuida, que normalmente quem está “gritando” não é quem está agredindo. Existe alguma necessidade não atendida por ali… mas isso é assunto para outro dia.
— Daniel Wildt
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