Se o título fosse “o poder DO poder” o jogo seria totalmente diferente. Seria um jogo de conquista e de passar por cima das pessoas. Não é essa a minha vibe.

O “poder de poder” fala sobre possibilidades, sobre situação. Fala sobre o que estiver acontecendo com você neste momento. Com a sua capacidade de poder fazer algo.

E a gente sempre pode fazer algo.

Eu começo pensando em como a gente opera no nosso dia a dia. Porque o jogo que a gente joga pode estar nos levando a lidar com a palavra poder de diferentes formas.

Uma das coisas que eu faço é se as pessoas são de cargo ou de papéis. Quando atuamos com papéis temos liberdade de fazer coisas diferentes. Começamos a ter possibilidade de atuar com situações. E aí começa o termo de liderança situacional.

A situação promove um objetivo. E o objetivo deveria ser mais importante que seu cargo. Este objetivo pode ser gerido por quem possui capacidade de gestão. Não precisa contratar uma pessoa gerente para isso. Aqui entra outro princípio que tenho, puxando do Mintzberg. Precisamos de pessoas capazes de gerenciar.

As pessoas assumem papéis conforme as combinações e as situações. Com este tipo de ambiente eu consigo operar com todas as minhas habilidades disponíveis para jogo. Eu não sou limitado dentro de um determinado campo de atuação.

A liderança emergente ou situacional habilita isso. Ela permite que as iniciativas ganhem lideranças que surgem pelo objetivo. E aí existe a capacidade e possibilidade de desenvolvimento pessoal e contínuo.

E o principal jogo! A relação de poder muda. O poder envolve o objetivo e resultado, abundância de possibilidades, colaboração e construção coletiva. Tem para todo mundo! Compartilhe o que você sabe. Conhecimento compartilhado e explícito é poder.

A realidade? Muitas pessoas operam pensando em cargo, acúmulo de responsabilidades, geração de dependências e restrições, indo pro lado da escassez. O importante é ter para somente 1 pessoa. Informação retida e exclusiva é poder.

Onde você está?

— Daniel Wildt