Eu caminhava, e nem sabia, que era por uma utopia.

E tudo bem. Acho que de certo modo me acalma mesmo.

Tem alguns objetivos que eu não tenho um tempo máximo para terminar. Tem projetos que sei que não importa quantos movimentos eu faça, eu vou precisar de muitos ciclos.

E talvez não caiba nessa vida.
E as utopias vivem este modelo.

Eu sei que talvez não consiga mudar efetivamente, mas sei que estou indo em direção a um caminho que acredito. E aí tem essa frase de Fernando Birri, sobre utopias, citado por Eduardo Galeano:

“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”
— Fernando Birri, disponível no livro de Eduardo Galeano “Las palabras andantes

Denise Fraga comenta sobre esta frase em um evento que eu estava participando. E esse jogo de entender sobre o funcionamento e a utilidade de uma utopia, eu penso nesse caminhar que se comenta.

A Denise trouxe uma metáfora de corda, da gente seguir perto da corda, de seguirmos segurando na corda. Pensei em uma questão de condução.

Quais são as utopias que você possui por aí?

Muitos dos meus projetos paralelos não possuem um alvo final. Encaro como um processo por entender que eles tem uma possibilidade de mudança que não acontecer de forma simples.

— Daniel Wildt

P.S.: entrevista Fernando Birri: um construtor de utopias.

P.S.2: Para que serve a utopia? Por Eduardo Galeano.

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